Teoria quantitativa da moeda: como funciona?

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A teoria quantitativa da moeda é uma tese econômica responsável por estudar e analisar a relação entre quantidade de moedas circulando e a variação de preços dentro de uma determinada economia.

Dessa forma, a teoria quantitativa da moeda explica como a quantidade de moedas circulando no mercado pode influenciar na criação de fenômenos econômicos que podem ser prejudiciais à economia, como a inflação, desemprego e queda na produção de bens.

Qual é a Teoria quantitativa da moeda?

A relação entre a moeda e a economia é equivalente à da comida com o corpo humano. Quando existem poucos insumos, leva-se a um problema gravíssimo de saúde, quando há demais, cria-se outro problema. Dessa forma, é necessário achar um equilíbrio para obter uma vida saudável.

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Dessa maneira, a teoria quantitativa da moeda seria a ferramenta de estudos da ciência econômica responsável por fazer uma boa “dieta” para a economia, estudando a relação entre a modificação na quantidade de moedas que circulam na economia com o aumento ou queda de preços, geração de empregos e a produção de novos bens.

Qual é a Teoria quantitativa da moeda?
Fonte/Reprodução: original.

A teoria quantitativa da moeda consegue, por meio dos métodos analíticos, saber qual seria a quantia necessária de moedas em circulação na economia para que ela possa sobreviver de maneira saudável, e evitar os problemas causados por uma suposta escassez ou excesso de moedas ofertadas.

Alguns economistas, especialistas no estudo da teoria quantitativa da moeda, acreditam que quando ocorre o aumento de dinheiro circulando na economia e, por outro lado, não há crescimento na produção de produtos que podem ser adquiridos com dinheiro, ocorre uma maior probabilidade de inflação.

Quais são os principais autores dessa teoria?

Vários estudiosos da Economia dedicaram boa parte de seus estudos a entender a teoria quantitativa da moeda, sendo os principais Dave Hume (1752), que iniciou os estudos dessa tese, Fisher (1911) que a revisitou depois de muitos anos e Milton Friedman (1958) que adaptou ela dentro de sua linha de estudo neoclássica.

David Hume, durante o ano de 1752, por meio de dois ensaios críticos famosos, denominados como Of Money e Of Interest, foi o primeiro economista a dar uma resposta mais simples e objetiva a respeito da relação entre moedas ofertadas e produções de novos bens e empregos.

Para ele, ao decorrer de algum determinado período, a criação de produtos, serviços e empregos se modifica, entretanto, com o passar do tempo, toda a consequência da mudança do estoque de moeda é direcionado para os preços. Esta tese foi responsável por dar embasamento à teoria quantitativa da moeda moderna.

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De forma simples, esta ideia pode ser caracterizada da seguinte maneira baseada em duas afirmações: a doutrina, que nada mais é que a mudança na quantia de unidade de moedas em circulação, terá um efeito proporcional em cima de todos os preços dos produtos ofertados. E a neutralidade da moeda, que considera que nem sempre a modificação no estoque de dinheiro implica um grande efeito em cima de uma determinada economia.

Quais são as principais ideias dessa teoria?

Uma das principais ideias da teoria quantitativa da moeda é comparar a relação entre poder de compra e dinheiro circulando, na mesma lógica da teoria da oferta e demanda. O economista austríaco Ludwig Von Mises explica que se o caviar fosse muito abundante da mesma forma que as batatas, o valor do caviar se modificaria de maneira considerável. 

Quais são as principais ideias dessa teoria?
Fonte/Reprodução: original.

Da mesma forma, quando a quantidade de moeda cresce, o poder de compra da unidade monetária reduz, fazendo com que a quantia de bens que pode ser comprada com ela também diminua.

Em 1911, o economista estadunidense Irving Fisher expandiu a análise feita pela teoria quantitativa da moeda, em seu livro The Purchasing Power of Money, ao criar uma equação que explica a relação entre circulação monetária e a eficiência produtiva de uma economia.

Ele classifica como “E” o número de bens gastos em uma economia durante um certo tempo, “M” o saldo médio de moeda circulando e “V” a velocidade da circulação monetária que indica quantidade de vezes que este saldo se moveu dentro de um cenário macroeconômico. Dessa forma, temos a equação formada dessa maneira: E = MxV.

Por fim, o estadunidense Milton Friedman, no ano de 1958, trouxe um complemento à teoria quantitativa da moeda, ao afirmar que a expansão de dinheiro só consegue afetar de forma positiva a economia se for acompanhada de um crescimento produtivo, caso seja feito o contrário, trará somente prejuízos macroeconômicos.

Como essa teoria é aplicada na economia?

A teoria quantitativa da moeda é aplicada de forma prática na economia quando é feita uma apuração entre bens produzidos e da circulação do dinheiro, na qual o estímulo monetário só se mostra necessário quando existem muitos produtos ofertados, mas que necessitam de dinheiro para serem consumidos.

De outra maneira, o estudo da teoria quantitativa da moeda faz com que alguns indivíduos consigam saber melhor onde aplicar seu dinheiro, pois a partir de uma projeção de inflação a pessoa pode saber se é mais vantajoso gastar seu dinheiro com bens concretos ou investir em aplicações que consideram o índice inflacionário em seu rendimento.

Enfim, no decorrer do artigo foi possível averiguar o quanto a teoria quantitativa da moeda consegue ser uma tese que mensura de maneira precisa como a circulação de bens monetários afetam na produção, tanto de produtos quanto de novos empregos.

Dessa forma, as pessoas conseguem entender esses fenômenos econômicos mencionados e, muitas vezes, conseguir antecipá-los para se sobressair durante os períodos adversos.

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