Mais de 60% da população paulistana não pode comprar casa

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O governo precisa estimular as empresas a construírem imóveis para a população mais pobre.

Cerca de 62% das famílias na capital paulista não possui condições para comprar uma casa ou apartamento próprio. Essas são algumas das conclusões de uma pesquisa conduzida pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em 18 países da América Latina e do Caribe.

O relatório foi realizado com base no número de residências que gastariam mais de 30% de sua renda para pagar parcelas de financiamento de 20 anos, com 10% de entrada, avaliando o imóvel mais barato em oferta. Em São Paulo, esse imóvel custa US$ 40 mil, informa o banco.

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De acordo com Cesar Bouillon, coordenador da análise, a principal razão para a incapacidade dessas famílias de adquirir sua casa é o elevado custo do imóvel na cidade e a insuficiência de imóveis para a população de baixa renda. Esse elemento impede que 32% adquiram a casa própria.

O preço de um imóvel em São Paulo, atualmente, custa cerca de US$ 40 mil.

“A maior parte dos imóveis em oferta é para famílias ricas”, diz Bouillon. Segundo Cesar, o governo precisa estimular, através de políticas públicas, as empresas a construírem imóveis para a população mais pobre.

O levantamento também descobriu outras razões para as famílias paulistanas não conseguirem adquirir um imóvel, além do alto custo para compra: renda muito baixa (7%), dificuldade de provar renda (25%) e elevadas taxas de juros (8%).

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Já a cidade latino-americana com maior número de famílias que não consegue adquirir um imóvel é Caracas, na Venezuela. Na cidade, o imóvel mais acessível custa US$ 54 mil.

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