Rio de Janeiro têm mais de 120 mil alunos “fantasmas”

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Durante uma auditoria realizada pela Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro (Seeduc – RJ) foi revelado que 120 mil alunos matriculados nas escolas do estado são “fantasmas”. Isso porque esses estudantes apesar de terem inscrição efetiva dentro das instituições, não frequentam as aulas, e muitas vezes desde o começo do ano. Em algumas unidades cerca de 60% dos estudantes cadastradas já abandonaram os estudos.

A investigação só foi iniciada depois de um descontentamento do Ministério da Educação que cobrou explicações do Rio de Janeiro depois que o estado teve baixa participação em um levantamento anual, o qual indica o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Com os dados, é possível orientar os recursos que devem ser investidos em cada unidade. Entretanto, cerca de 60% dos diretores ainda não haviam enviado seus respectivos relatórios pouco antes do prazo acabar.

Para que os repasses fossem matidos, o Seeduc assumiu a responsabilidade de enviar os dados para o Ministério. Porém uma surpresa trouxe à tona um fato nada agradável: dos 1,175 milhão de alunos, apenas 1,055 milhão frequentavam regularmente as aulas.

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“Encontramos unidades escolares com muitos alunos que se matricularam e não vinham cursando aquele ano. Com dados corretos, poderemos investir 30% a mais nos alunos em 2012. Ano que vem, o investimento por aluno será de R$ 3,5 mil”, disse Wilson Risolia, Secretário Estadual da Educação.

Não apenas nos investimentos nas escolas, mas também o número maior de alunos influencia na gratificação dos diretores. Quanto maior a capacidade e porte de cada instituição de ensino, maior o salário do gestor, que varia entre R$ 4 mil e R$ 6 mil.

“Estamos conversando, orientando e advertindo onde encontramos erros. A secretaria está atenta e fiscalizando onde há equívocos. Temos que atuar contra usos e costumes”, afirmou Risolia.

Diante da possível fraude, a Secretaria começará a ficar mais atenta aos dados apresentados pelas 1.450 unidades do Estado. Está em questão, inclusive, a criação de uma equipe que faça visitas às escolas para conferência de informações sobre os alunos.

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