Refluxo é conhecido como um desconforto proporcionado por alterações no esôfago que faz com que haja um retorno anormal do conteúdo estomacal. No brasil, o refluxo corresponde a 75% das doenças relacionadas ao esôfago.
Seus sintomas pioram quando se dobra o peito sobre a barriga ou quando a pessoa deita logo depois de alguma refeição. É parecido com uma azia, mas a ardência e a queimação são mais intensas podendo até parecer um infarte. Poderão ocorrer acessos de tosses e interrupção do sono.
As crianças no primeiro ano de vida podem desenvolver refluxo. Alguns dos sintomas são engasgos, devolução da mamada, choro excessivo e sua repetição poderá levar a distúrbios respiratórios.
O diagnóstico poderá ser feito por radiografia da transição esofágica ou endoscopia digestiva superior. A endoscopia facilita a coleta de materiais caso haja lesões ou ulceras podendo fazer uma avaliação mais precisa da inflamação e verificar se há algum potencial cancerígeno.
Para diagnósticos em crianças o método mais utilizado é a Cintilografia do trânsito esôfago-gástrico. Através de uma mamadeira com uma quantidade mínima de substância radioativa é possível registrar imagens da radioatividade registrando o caminho do líquido. Atualmente, para confirmação de diagnóstico, são utilizados também a Manometria e o PHmetria de 24 horas.
O tratamento clínico traz alivio dos sintomas, prevenção e cicatrização das lesões. Normalmente o tratamento associa medicamentos a dietas educativas. Para casos que necessitam de cirurgia é adotado a vídeo-laparoscopia. Um dos fatores de risco para o surgimento da doença é a obesidade.
Algumas mudanças alimentares são necessárias, como evitar a alimentação em excesso e deitar logo em seguida, antes de completar duas horas. Para diminuir o desconforto da doença o paciente deverá evitar o consumo de bebidas alcoólicas e de líquidos muito quentes.
Durante as refeições evite a ingestão de líquidos. Quando o estômago estiver vazio, evite cafés e chás pretos.
As medicações utilizadas no caso de refluxo, normalmente, são os antiácidos comuns e antiácidos sistêmicos, que inibem a produção de ácido pelas células do estômago. Alguns remédios pró-cinéticos, que diminuem a quantidade de refluxo, podem ser adotados.
Se os sintomas persistirem após esses tratamentos, o médico orientará um tratamento por tempo indeterminado ou fará indicação para cirurgia.
Como já dito anteriormente, alguns hábitos deverão ser alterados para que o tratamento clínico seja satisfatório. Se o paciente é fumante, deverá largar este hábito, pois o cigarro piora a sensação de queimação. A perda de peso e a pratica de esportes e exercícios também auxilia o bom funcionamento do esôfago. Comer menores quantidades e mais vezes durante o dia. A alimentação deverá ser feita tranquilamente, mastigando-se bem os alimentos. Reduzir ou eliminar o consumo de bebidas alcoólicas. Após ingerir bebidas e alimentos evite deitar-se. Ajeite a cabeceira da cama com uma pequena inclinação de aproximadamente 15 cm ou dormindo do lado esquerdo.
Caso a alteração dos hábitos alimentares combinados com medicação simples não resolva, os médicos prescreverão medicações mais fortes como os inibidores da bomba de prótons , procinéticos ou indicarão intervenção cirúrgica.
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