
A testosterona é o hormônio responsável pelo desenvolvimento das características masculinos
Homens que apresentam baixo nível de testosterona não são raros de serem encontrados. Há pouco tempo pensava-se que os baixos níveis desse hormônio eram limitados apenas aos casos de portadores de deficiências congênitas das gônadas, ou naqueles com falência da função testicular secundário a traumatismo nos testículos ou problemas na hipófise.
Entretanto, hoje está bem claro que o nível de testosterona pode diminuir em várias outras situações, com obesidade grau III, infecção pelo HIV, intenso estresse psicológico, doenças debilitantes e até mesmo como efeito colateral de certas drogas.
Entenda como a testosterona é produzida no organismo.
O que este artigo aborda:
Quadro clínico
A diminuição na concentração de testosterona apresenta repercussões sistêmicas que podem se manifestar progressivamente, tornando difícil a percepção do problema. Dentre as queixas mais frequentes podemos destacar:
- Diminuição da densidade óssea, aumentando as chances de fraturas;
- Diminuição da força e massa muscular;
- Aumento na quantidade de gordura no corpo;
- Perda do interesse sexual;
- Diminuição da fertilidade;
- Cansaço frequente;
- Aumento da resistência à insulina, aumentando as chances de desenvolver o diabetes;
- Tristeza, ansiedade e depressão;
- Diminuição da memória e raciocínio.

O declínio na produção de testosterona se inicia aos 30 anos
Declínio natural da testosterona
A liberação de testosterona no organismo masculino começa a diminuir a partir dos 30 anos. Entretanto não é preciso se preocupar, pois esse declínio na produção de hormônio é natural e, segundo pesquisas, a queda é bem discreta, chegando a um índice de 0.8% ao ano (na faixa dos 40 aos 70 anos). O interessante é que o impacto dessa diminuição varia de um indivíduo para outro, passando a ser considerado um problema apenas quando o indivíduo se torna sintomático.
Hipogonadismo
O hipogonadismo, isto é, o mau funcionamento dos testículos com pouca produção de hormônio, pode surgir em qualquer fase da vida. Quando o problema aparece na infância, o diagnóstico costuma ser fácil, pois o garoto acaba não passando pelas mudanças naturais da puberdade.
O problema é quando o hipogonadismo surge na fase adulta da vida, uma vez que os sintomas geralmente são muito inespecíficos e características masculinas como massa muscular, desenvolvimento dos genitais e pelos corporais são mantidos, apesar do não funcionamento testicular.
Saiba como a queda de testosterona afeta o comportamento e hábitos masculino.
Diagnóstico
O diagnóstico é obtido através da dosagem sanguínea de níveis de testosterona abaixo do intervalo considerado normal para a faixa etária. Porém, em situações especiais, é possível apresentar toda a sintomatologia de hipogonadismo apesar dos níveis séricos normais de testosterona, sendo necessária uma investigação mais detalhada com outros testes laboratoriais.

A perda do interesse sexual é um dos sintomas
Apesar de no interferirem na mortalidade dos homens, esse problema acaba comprometendo a qualidade de vida de muitas pessoas. Por isso, mediante o surgimento de qualquer dúvida, é necessário procurar um médico para que seja realizado os testes necessários e iniciada a terapia de reposição hormonal.