Barriga de Aluguel – Entenda Como Funciona no Brasil

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“Barriga de aluguel” é um termo muito comum, mas pouco esclarecido. Um assunto que ainda causa muitas dúvidas e incertezas. No Brasil, continua sendo tabu entre algumas famílias, que acabam desanimando do processo gestacional solidário. Mesmo assim, surge como grande solução para os casais que não podem ter filhos.

Além dessas questões, existem as burocracias a cumprir, que viabilizam o tratamento perante a lei. A saúde emocional da família que deseja alcançar seu sonho por esse caminho, também é importante para o processo.

Acompanhe agora as informações que você precisa saber sobre isso. Entenda como funciona a barriga de aluguel no Brasil.

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barriga de aluguel

Afinal, o que é barriga de aluguel? 

A “barriga de aluguel” é um tratamento que oportuniza um filho ao casal que não pode tê-lo. É uma solução recomendada por médicos qualificados que conduzem cada caso. Para atender as indicações, solicitam exames fundamentais para a aprovação do método.

Embora o termo tenha a palavra “aluguel”, é proibido por lei qualquer tipo de cobrança para gerar um bebê e entregá-lo. Por isso, também chamamos de “barriga solidária”. Uma vez que a gestante participante do procedimento o faz de maneira totalmente voluntária.

Como funciona o tratamento da barriga de aluguel

Coleta

Para iniciar o processo, a coleta dos espermatozoides do parceiro é realizada na clínica ou em laboratório. Quando não há gametas no sêmen, a biópsia é responsável pela retirada do esperma diretamente dos testículos. 

Vale ressaltar que em situações específicas é indicado uso de gametas doados. Isto é, se não ocorrer a maturação do esperma ou se a mulher estiver no período da menopausa.

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Indução da ovulação

Semelhantemente a fertilização in vitro tradicional (FIV), o tratamento consiste no estímulo dos ovários da mãe, com assistência de medicamentos e amparo laboratorial. Comumente, são atribuídas injeções subcutâneas, gonadotrofinas. Outra possibilidade é a indução via oral, com citrato de clomifeno.

A tendência é o estímulo de 10 a 12 folículos para conseguir maior quantidade de óvulos para recolhimento. 

Útero de substituição

Mediante a captação dos óvulos e a fertilização dos espermatozoides, os embriões são formados. Aqueles que apresentam maior potencial de crescimento e desenvolvimento são preparados para transferência.

O útero de substituição, da mulher doadora, é abastecido com hormônios antes da introdução dos embriões. 

Inserção no útero

Os embriões só podem ser alocados quando estiverem prontos. Se assim for, a inserção no útero de substituição é realizada com cautela, a verificar a quantidade de embriões de acordo com a idade da mulher.

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Através de um espéculo que facilita o procedimento, o catéter é introduzido no órgão feminino. O manuseio se dá pelo acompanhamento do ultrassom, que guia até o local mais apropriado para a inserção.

Tempo de duração

Após o cumprimento das etapas de fertilização, a mulher deve retornar ao laboratório ou clínica para descobrir o resultado. O exame é feito após 14 dias aproximadamente, para constatar se a gestação está em andamento.

Todo o tratamento, desde a coleta e estimulação, até os resultados, levam em média 25 dias. Assim como a FIV tradicional.

Permitido x proibido no Brasil

Permitido:

  • que a doadora temporária da barriga solidária tenha grau de parentesco familiar com um dos parceiros. Irmã, mãe, tia, avó e prima. Conforme a nova resolução do Conselho Federal de Medicina (2.013/13).
  • solicitar autorização ao Conselho Regional para doadora sem parentesco familiar, quando não há mulher na família até quarto grau. Todavia, depende da aprovação após análise do caso.
  • realizar o tratamento gestacional em local especializado; clínica ou laboratório. Com respaldo de profissionais de reprodução humana.
  • tratamento solicitado por casal homoafetivo com barriga de aluguel na família. 
  • doadoras que se voluntariem no máximo até 50 anos de idade. Já que idade avançada pode representar riscos à gravidez.
  • auxílio médico, jurídico e psicológico para a doadora temporária e para os pais biológicos. Afinal, o corpo passará por mudanças e ela pode ter seu emocional abalado.
  • levar ao cartório documento do hospital com nome da criança viva e nome da pessoa que a gerou. Somente no cartório a certidão de nascimento é preparada com os nomes do casal como pais biológicos.

Proibido:

  • qualquer tipo de cobrança ou comércio para útero temporário em todo território nacional. 
  • fazer o procedimento em locais clandestinos, sem credenciamento em reprodução assistida.

Principais indicações para o tratamento

  • Mulheres com doenças graves que podem levar à morte;
  • Mulheres que já realizaram histerectomia;
  • Falha de implantação prévia;
  • Malformações uterinas;
  • Casais homossexuais;
  • Entre outras situações.

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