A percepção do mercado sobre a elevação do IPI (Imposto para Produtos Industrializados) dos veículos importados afetou as vendas no mês passado, de acordo com a Abeiva (Associação das Empresas Importadoras de Veículos Automotores). Mesmo com o reajuste do imposto adiado para dezembro, ele chegou a valer por um mês, a partir de 16 de setembro, e algumas empresas elevaram os preços em razão do fato ocorrido.
Na comparação entre os meses de setembro e outubro, as vendas incidiram 41,2%. No total, 13.364 automóveis foram emplacados em outubro, contra 22.570 em setembro. “O consumidor está bastante desorientado, porque foram muitas notícias, inclusive a do adiamento do reajuste”, afirma Paulo Sergio Kakinof, vice-presidente da Abeiva e presidente da Audi do Brasil.
A interrupção da elevação do IPI foi apurada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) no último dia 20, para que a medida do governo federal cumpra o tempo determinado de 90 dias, a partir de sua divulgação, para entrar em vigor.
A elevação do IPI cerca todos os modelos fabricados fora da Argentina, México, Brasil e Uruguais. A Abeiva, que alia as marcas que não possuem fábricas no Brasil, espera que até 15 de dezembro quando o aumento do IPI começar a vigorar, haverá uma atuação de antecipação das vendas por parte dos clientes. “Não sabemos qual será a intensidade deste movimento, mas isto não significa que o volume será tão alto quanto o pico de setembro”, avalia Kakinof. “Setembro foi forte porque foi quando houve o anúncio e as pessoas anteciparam as compras.”
De acordo com o porta-voz do instituto, essa atuação inibe, até mesmo, a realização de projetos para 2012. “Cada marca negocia com sua matriz, no momento, qual será a estratégia de preço”, diz Kakinof. A associação cogita fechar 2011 com 200 mil unidades vendidas.
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