Sonda espacial detecta condições favoráveis à vida em lua de Saturno

Já faz tempo que o homem tem desbravado o espaço a procura de pistas sobre a vida extraterrestre. As missões espaciais exibem possibilidades curiosas, que ainda são bem remotas para chegar à conclusão de que os seres vivos da Terra não estão sozinhos no universo. Recentemente uma sonda detectou condições favoráveis de vida numa lua de Saturno.

O sexto planeta do sistema solar possui em sua órbita um satélite no qual existem aproximadamente 90 jatos de vapor de água, além de partículas de gelo e outros componentes orgânicos. A sonda espacial também levantou a possibilidade da existência de um mar subterrâneo.

A sonda usada na missão, chamada de Cassini, captou imagens que depois foram avaliadas por especialistas no assunto para chegar a conclusões mais seguras. De acordo com Carolyn Porco, chefe da equipe, a lua de Saturno é o local mais promissor para a existência de vida, considerando todas as pesquisas em astrobiologia já realizadas.

Para conseguir gerar as imagens, o Cassini passou a 74 quilômetros de distância da lua de Saturno. Além dos jatos de todos os tamanhos, foi possível encontrar salinidade na água e nos materiais orgânicos presentes na superfície. Segundo Carolyn Porco, os oceanos da Terra apresentam o mesmo tipo de salinidade.

A lua de Saturno, que na verdade se chama Encélado, apresenta uma superfície gelada, da qual os jatos são expelidos de rachaduras. A pesquisadora responsável pelo Cassini acredita na possibilidade de testar os jatos e até mesmo pousar na pequena lua de Saturno para coletar amostras que possam esclarecer as suspeitas levantadas.

Uma suspeita levantada por Carolyn Porco é de que Encélado tem condições para abrigar um tipo de vida que existe em determinados ambientes terrestres, ou seja, os micro-organismos. Apesar de ser sete vezes menor do que a lua que acompanha a Terra, Encélado se revela um lugar propício para se realizar diversas pesquisas.

Já faz mais de 15 anos que a sonda Cassini se encontra no espaço, sendo que a sua missão foi prolongada para até 2017. Se antes o objetivo era de estudar apenas as mudanças climáticas de Saturno e suas principais luas, agora as pesquisas serão realizadas com objetivos mais profundos.