Remédio usado para burlar bafômetro

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Com a Lei Seca mais eficaz e rígida, os condutores estão com medo dos agentes de fiscalização, que circulam pelas ruas e estradas brasileiras. Para burlar o bafômetro, muitos motoristas imprudentes estão consumindo medicamentos.

Com a Lei Seca mais rigorosa, as pessoas buscam meios de enganar o bafômetro. (Foto:Divulgação)

Saiba mais: Nova Lei Seca – Informações, Dúvidas, Perguntas

Medicamento capaz de enganar bafômetro

Na internet circulam algumas informações sobre medicamentos que são capazes de enganar o bafômetro. Estes comprimidos possuem o princípio ativo pidolato de piridoxina, derivado da vitamina B6. O remédio age no organismo com o objetivo de remover o álcool dos tecidos e do sangue.

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Apesar de ser usado para burlar o bafômetro, o remédio de pidolato de piridoxina não tem esta função. Sua fórmula serve para tratar pessoas com problemas hepáticos, como é o caso da cirrose. Além de tudo, a medicação tem tarja vermelha na embalagem, o que significa que só pode ser vendida com prescrição médica.

Remédio para problemas hepáticos está sendo usado para burlar bafômetro, mas oferece riscos. (Foto:Divulgação)

De acordo com especialistas, o medicamento é capaz de acelerar o metabolismo do álcool no organismo, mas não elimina os efeitos que a bebida alcóolica exerce sobre o comportamento das pessoas. Se a coordenação motora e os reflexos não melhoram, o remédio não garante a direção segura.

O remédio com princípio ativo pidolato de piridoxina causa efeitos colaterais em pessoas que não estão com problemas hepáticos, como dores abdominais, náuseas e vômitos.

A medicação que engana o bafômetro é, na verdade, um grande mito criado pela internet e que não vai conseguir driblar a fiscalização rigorosa da Lei Seca. Os agentes não dependem apenas do bafômetro para punir um motorista, eles também podem comprovar a embriaguez pelo comportamento, que não é alterado, que não é modificado pelo remédio. Vale ressaltar também que o medicamento para problemas hepáticos reduz o álcool no sangue, mas não anula completamente.

Os médicos garantem que a medicação não inibe efeitos do álcool. (Foto:Divulgação)

Mudanças na Lei Seca

No início de 2013, a Lei Seca se tornou mais rigorosa e intensificou a fiscalização nas vias de todo o Brasil. Se a embriaguez do motorista for confirmada, ele comete uma infração gravíssima, perde o direito de dirigir por um ano e ainda por cima precisa pagar uma multa de quase 2 mil reais.

O bafômetro também não está tão tolerante como era antigamente. Se o aparelho marcar 0,05 miligrama de álcool por litro de ar, o condutor já sofre com as consequências da Lei Seca. Até pouco tempo atrás, havia uma tolerância com relação à quantidade de álcool. A fiscalização está tão rigorosa que o motorista pode ser punido se ingerir um único bombom de licor.

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No caso do bafômetro registrar mais de 0,34 miligrama de álcool por litro de ar, o motorista estará cometendo um crime.  Além de pagar multa, também existe o risco de condenação, que vai de seis meses a três anos de cadeia.

A nova Lei Seca não depende apenas do resultado do bafômetro para acusar o motorista de embriaguez. Os agentes de fiscalização podem se munir de outras provas, como fotos, vídeos e testemunhas. Sinais aparentes como olhos vermelhos, sono e cheiro de bebida também servem para provar a falta de condição do motorista para dirigir.

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