Profissionais qualificados demoram mais para encontrar um emprego

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Imagem: (Foto Divulgação)

A concepção de que quanto mais estudo mais fácil é a admissão no mercado de trabalho pode não ser uma expressão válida. De acordo com um levantamento realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2003 a 2011 a queda do desemprego entre pessoas que apresentavam 11 anos ou mais de estudo na Região Metropolitana de São Paulo foi menor do que entre aquelas com até dez anos de estudo.

No intervalo estudado, a percentagem de desemprego do grupo mais qualificado caiu de 11,9% para 6%, uma redução de 5,9 pontos percentuais. A redução é inferior à notada no grupo de indivíduos com até oito anos de estudo, que foi de 13,7% para 4,6% ou 9,1 pontos percentuais. Já entre os indivíduos que concluíram de oito a dez anos de estudo, o desemprego caiu de 19,8% para 8,8% redução de 11 pontos percentuais.

É fato que a busca por profissionais qualificados só aumenta no Brasil, ainda mais com a vinda de empresas internacionais que enxergam o país como um grande investimento. O problema é que ter faculdade não significa ser qualificado para as atuais ocasiões.

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“Continuamos formando 650 mil advogados por ano e só 48 mil engenheiros. Um estudo da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) indica que em 2012 precisaremos de, pelo menos, 150 mil engenheiros no País”, diz Luiz Edmundo Rosa, diretor de educação da Associação Brasileira de Recursos Humanos.

O levantamento do IBGE avalia profissionais com registro em carteira. “Mas quem é muito qualificado pode abrir mão da CLT por salários muito mais altos como pessoa jurídica ou atuando como consultor”, diz Marshal Raffa, diretor da Ricardo Xavier Recursos Humanos. “A variação nesse grupo acaba não aparecendo nas estatísticas.”

O especialista ressalta que pessoas qualificadas preferem esperar por melhores oportunidades. Já aqueles que não possuem tanto preparo ou conhecimento aceitam oportunidades inferiores, sem analisar muito, e mudam de emprego com mais frequência.

“Mantenha ativa sua rede de contatos, vá a eventos e palestras da sua área. Pesquise empresas que estão se reestruturando ou nascendo. Outra possibilidade é contratar uma empresa de planejamento de carreira e recolocação”, diz Marshal.

Você também pode participar de cursos online válidos em todo o Brasil.

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