A situação está complicada para quem necessita abastecer o seu veículo na cidade de São Paulo. É que alguns dos postos de combustível da maior cidade do país estão com falta de combustível desde as primeiras horas da terça-feira, dia 6 de março, fazendo com que os motoristas tenham que rodar bastante para procurar os estabelecimentos que possuem alguma reserva de álcool, gasolina e diesel.
De acordo com alguns números divulgados na imprensa, mais de 110 postos já confirmaram a falta de combustível, pelo menos até o fim da tarde.
Motivos
O motivo para a falta de combustíveis é a paralisação realizada pelos caminhoneiros, em protesto contra as medidas de restrição de circulação de caminhões nas margens do Tietê, implantadas pela Prefeitura de São Paulo, e que passaram a valer desde o dia 5 de março.
De acordo com as novas determinações, os caminhões não podem circular pelas principais vias da Marginal Tietê entre as 5 horas e as 9 horas e das 17 horas às 22 horas, de segundas às sextas-feiras. Aqueles que não respeitarem a nova lei estão sujeitos à multa de R$ 85,13, e podem perder quatro pontos na carteira de habilitação. A fiscalização é feita pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).
Para a prefeitura, as mudanças irão melhorar o pesado trânsito da capital paulista, já que podem fazer com que as ocorrências envolvendo os caminhões diminuam bastante. Por outro lado, os caminhoneiros reclamam das multas e alegam que com as restrições não há como fazer todas as entregas sem que sejam penalizados.
Escolta da polícia
Como os caminhoneiros têm reagido violentamente contra aqueles colegas que tentam sair das distribuidoras de combustível da Grande São Paulo para fazer a reposição, apedrejando os veículos, a Polícia Militar chegou a realizar algumas escoltas de caminhões, para que a entrega fosse garantida.
Mesmo assim, foram poucos os caminhões que conseguiram furar o bloqueio, pois os motoristas estão resistente em sair dos pátios das distribuidoras, o que deve fazer com que a falta de combustível se estenda por mais algum tempo.
Negociações para o fim da paralisação
Para tentar chegar a um consenso e terminar com a paralisação, normalizando o abastecimento nos postos de combustíveis, representantes da Prefeitura de São Paulo, PM, CET, SPTrans, Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo de São Paulo), Sindicom (Sindicato que representa as distribuidoras de combustível) e da Associação Brasileira de Caminhoneiros Autônomos fizeram reuniões durante todo o dia.
Porém, até o momento não houve acordo, e a tendência é de que mais postos comecem a ter o estoque de combustível afetado.
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