O que fazer quando a criança engasgar

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Os engasgos não são eventos difíceis de acontecer, como certas pessoas podem pensar, pois praticamente toda mãe já passou por alguma situação dessas. Desde engasgos simples até os casos mais severos, alguns cuidados imediatos podem fazer toda diferença e até mesmo salvar vidas. Confira as dicas de como proceder quando se deparar com esse problema.

Os engasgos são comuns e todo mundo já passou por isso

Primeiro passo: avaliar a situação

Mediante o engasgo, duas situações podem acontecer:

  1. A criança tosse e sente ânsia de vômito: esse é um bom sinal, pois indica que as vias aéreas estão pérvias. O indicado é deixa-lo tossir a vontade, para que termine de eliminar o corpo estranho. Nessas situações, não é preciso tomar nenhuma outra providência a não ser prevenir outros engasgos;
  2. A criança não consegue tossir nem chorar: Também é comum observar o pequenino fazendo ruídos estranhos ou movimentando a boca sem emitir som. Esses sinais são de gravidade e indicam que as vias aéreas estão fechadas, sendo preciso, portanto, tomar providências para ajudar a criança a voltar a respirar.

Nessas situações é importante se lembrar de algumas dicas que ajudam a prevenir complicações:

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  • Não é recomendável tentar tirar o objeto de dentro da garganta da criança com as mãos, a não ser que seja possível vê-lo ao abrir a boca do pequeno;
  • Se a criança não conseguir desengasgar sozinha, o mais indicado é gritar por ajuda para levá-lo ao pronto-socorro, e, no trajeto, iniciar as tentativas de desengasgo que serão explicadas a seguir;

Segundo passo: manobras para desengasgo

Nas situações em que a criança não consegue desengasgar sozinha, é fundamental iniciar as manobras para tentar a retirada do corpo estranho que está bloqueando as vias aéreas. As posições variam de acordo com a idade da vítima.

Ilustração das manobras realizadas em crianças maiores e em bebês

Bebês

É necessário se sentar em uma cadeira firme, apoiando a criança sobre as coxas, de barriga para baixo e com a cabeça voltada para os joelhos do adulto, deixando o restante do corpo da vítima mais elevado.

Com o antebraço esquerdo passando por baixo da criança, deve-se tentar sustentar sua cabeça e pescoço com os dedos e manter sua boca aberta. É necessário dar cinto tapas firmes nas costas, com a mão direita, na região entre as escápulas.

Em seguida é preciso iniciar as compressões no peito, sendo necessário que a criança seja virada de frente, lembrando-se de sempre manter a cabeça mais baixa que o corpo.

Para acertar o local a ser pressionado, a dica é imaginar uma linha ligando os dois mamilos do bebê e então posicionar dois ou três dedos, juntos, um pouco mais pra baixo dessa linha, bem no centro do tórax da criança. A pressão deve ser rápida e com força suficiente para que o tórax afunde cerca de 2 cm, deixando, em seguida, que ele volta à sua posição normal. Esse movimento deve ser repetido por cinco vezes.

É preciso continuar alternando entre os cinco tapas nas costas e as cinco compressões no peito até que a vítima desengasgue ou que o bebê comece a tossir.

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Crianças maiores

Nas ocasiões em que a criança já consegue ficar em pé, a manobra é um pouco diferente. A criança deve ser posicionada com o adulto atrás dela, como se fosse dar um abraço pelas costas. Em seguida é necessário juntar as duas mãos, uma sobre a outra (a que está por baixo deve estar com o punho fechado, ao contrário da que está por cima, que dará apoio para a manobra) e posicioná-las na região logo acima do umbigo. Em seguida basta fazer pressões rápidas e intensas, seguindo o sentido para dentro e para cima, por seis a dez vezes.

Saber o que fazer pode significar a diferença entre a vida e a morte

É importante prevenir situações de risco que podem resultar em engasgo, como o hábito de alimentar a criança deitada ou em estado de grande sonolência, além de ficar atento a brinquedos com peças pequenas e objetos que possam ser engolidos. Vale ressaltar que a mesma técnica para desengasgo de crianças maiores, também pode ser usada em adultos.

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