Cachaça é reconhecida como produto exclusivamente brasileiro

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A cachaça é finalmente reconhecida como um produto tipicamente brasileiro.

A cachaça é reconhecida no mundo todo como uma bebida legitimamente brasileira. Ela faz sucesso nos bares internacionais, mas nem sempre a sua origem é reconhecida como deve. De acordo com a lei, a cachaça é uma denominação típica e exclusiva para se referir à aguardente de cana produzida no Brasil.

O acordo entre Brasil e EUA

Apesar do termo cachaça ser muito empregado entre os brasileiros para mencionar a bebida, no exterior isto nem sempre acontece. Em visita a Washington ontem (9), a presidenta Dilma Rousseff propôs aos Estados Unidos o reconhecimento da cachaça como um produto exclusivamente brasileiro.

O acordo comercial estabelecido entre Brasil e EUA leva em conta principalmente as denominações usadas para se referir à aguardente de cana. A certificação fiscal conquistada pela cachaça também simboliza um passo importante para obter o nome reconhecido na OMC (Organização Mundial do Comércio).

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Dilma presenteou Obama com uma garrafa de cachaça brasileira Velho Barreiro cravejada de diamantes. (Foto: Roberto Stuckert Filho)

Segundo análises do Ibrac (Instituto Brasileiro da Cachaça), somente a aguardente brasileira atende aos padrões característicos de uma verdadeira cachaça. Desta forma, nenhum outro país pode se intitular produtor da bebida e usar a denominação para se referir a um produto de que não teve sua origem em solo brasileiro.

As negociações entre Brasil e Estados Unidos procuram definir alguns pontos importantes sobre o comércio de destilados. A partir do novo acordo, a fabricação de cachaça é exclusividade brasileira, enquanto as bebidas uísques Bourbon (aguardente de milho) e Tenessee são classificadas como produtos de origem norte-americana.

Fim do Brazilian rum, nasce a cachaça

Não é de hoje que a luta pelo reconhecimento da cachaça vem acontecendo, na verdade já são 40 anos de negociações. No ano de 2000, a cachaça brasileira é vendida nos Estados Unidos com embalagens que identificam a bebida no rótulo como “Brazilian rum”. A necessidade de valorizar o caráter típico da aguardente de cana tende a se tornar ainda mais intensa com o novo pacto.

Aos poucos a cachaça deixará de ser reconhecida como rum brasileiro.

A assinatura do acordo vai beneficiar as indústrias brasileiras de cachaça, que poderão aumentar as exportações e usufruir da identidade da bebida. Os norte-americanos definiam a aguardente brasileira como rum, o que criava certa confusão na mente do consumidor. Apesar das duas bebidas derivarem da cana-de-açúcar, elas possuem sabores e composições diferentes. Com o pacto, a bebida de origem brasileira só poderá ser vendida com o nome de cachaça.

A medida se revela positiva para que a cachaça seja vista como um produto do Brasil, tal como a tequila é do México, o champanhe  é da França e a Vodka é da Rússia. Valorizar a identidade da cachaça entre os norte-americanos é um meio de prosperar no mercado, já que os Estados Unidos é o terceiro maior mercado mundial da aguardente brasileira.

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