Seleção de Mano Menezes alterna bons e maus momentos durante a partida e treinador segue sem vencer um grande rival
Cercada por muita expectativa, a partida de ida pelo Superclássico das Américas, entre Brasil e Argentina, terminou com um frustrante 0 a 0, na noite de quarta-feira, no estádio Mario Kempes, em Córdoba. O jogo de volta acontece somente daqui 15 dias, em Belém. Com o resultado, Mano Menezes continua sem saber o que é vencer uma grande seleção.
Brasil e Argentina proporcionaram um início de jogo eletrizante, com chances de gol para ambos os lados. Em apenas oito minutos de partida, a Argentina já havia criado três boas oportunidades para balançar as redes. Na melhor delas Fernandez fez ótima jogada individual e cruzou para Boselli na pequena área, que bateu para fora.
Apesar do maior volume de jogo da Seleção Argentina, foi o Brasil quem chegou mais perto de abrir o placar. Aos 12 minutos, Neymar recebeu dentro da área, tirou dois zagueiros para dançar e cruzou na medida para Leandro Damião. O atacante bateu de primeira, mas a bola explodiu na trave.
Daí em diante, as duas seleções diminuíram bastante o ritmo e passaram a brigar pela bola no meio de campo. Pelo lado do Brasil, um dos maiores problemas era o excesso de preciosismo do ataque na hora de decidir a jogada. Em pelo menos duas ocasiões, Neymar e Ronaldinho Gaúcho tinham a chance de bater em gol, mas preferiram dar um último drible e prejudicaram o prosseguimento da jogada. A falta de um articulador no meio de campo também fazia com que o jogo ofensivo do Brasil demorasse a fluir.
Já na Argentina, Martínez era quem mais levava perigo aos brasileiros. E foi justamente ele quem aos 33 minutos quase marcou o primeiro para os argentinos. Em jogada individual, o jogador soltou a bomba e a bola passou raspando o gol de Jefferson.
O enredo da partida seguiu o mesmo na segunda etapa. Atuando em casa, a Argentina procurava ser insinuante. Aos 10 minutos Giglioti, que entrara na vaga de Boselli, teve a chance de abrir o marcador. O atacante recebeu sozinho dentro da área, mas escorregou na hora de finalizar e perdeu grande chance. Para o azar dos argentinos, aos 12 minutos, Martínez, melhor jogador da Seleção Argentina na partida, deixou o campo lesionado. Mouche entrou em seu lugar.
E logo em seu primeiro lance em campo, Mouche quase marcou. Canteros levantou a bola na área e Mouche cabeceou fraco nas mãos de Jefferson.
A fim de dar mais mobilidade ao meio de campo brasileiro, Mano trocou Renato Abreu pelo jovem Oscar. E o Brasil melhorou na partida. Aos 32 minutos, Leandro Damião proporcionou o lance mais bonito do jogo. O atacante recebeu pelo lado direito, puxou uma carretilha para cima do lateral argentino e emendou de primeira, mas a bola caprichosamente tocou na trave. A jogada foi tão espetacular, que o estádio inteiro aplaudiu de pé.
Empolgada, a seleção partiu para cima e três minutos depois Ronaldinho cobrou falta com perfeição para boa defesa de Orion. Depois disso, a intensidade do jogo caiu novamente e as equipes não tiveram mais força para buscar o gol da vitória.
Ficha técnica
ARGENTINA: Agustín Orión; Sebastián Domínguez, Leandro Desábato e Christian Cellay; Iván Pillud, Augusto Fernández (Chistian Chávez), Héctor Canteros, Víctor Zapata e Emiliano Papa; Juan Manuel Martínez e Mauro Boselli (Emmanuel Gigliotti). Técnico: Alberto Sabella.
BRASIL: Jefferson, Danilo, Dedé, Réver e Kleber; Ralf, Paulinho (Casemiro) e Renato Abreu (Oscar); Ronaldinho Gaúcho, Neymar e Leandro Damião. Técnico: Mano Menezes.
Árbitro: Enrique Osses (CHI)
Auxiliares: Patricio Basualto e Carlos Astraza (CHI)
Cartões amarelos: Zapata (ARG)
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