Nesta quarta-feira (16) o grupo italiano Benetton divulgou a decisão de remover da mídia uma campanha publicitária após o Vaticano condenar a manipulação da imagem, a qual expôs o papa Bento XVI beijando a boca de Ahmed Mohamed el-Tayed, imã da mesquita de al-Azhar, no Cairo.
Em comunicado, um representante da grife italiana de roupas se disse “desolado com o fato de a utilização da imagem ter chocado tanto a sensibilidade dos fiéis”.”Lembramos que o sentido dessa campanha é exclusivamente combater a cultura do ódio sob todas as formas”, comentou.
As montagens mostram também beijos entre o premiê israelense Benjamin Netanyahu e o palestino Mahmud Abbas e entre a chanceler alemã Angela Merkel e o presidente francês Nicolas Sarkozy.
No começo desta quarta-feira, a grife United Colors of Benetton publicou a campanha “Unhate” que, de acordo com o vice-presidente da empresa, busca “contrastar a cultura do ódio e promover a aproximação de pessoas, religiões e culturas, além da compreensão pacífica das motivações dos outros”. Trata-se da primeira campanha da fundação, cujo o objetivo é “contribuir para a criação de uma cultura de tolerância que combata o ódio”.
A retirada da imagem aconteceu depois de o Vaticano clamar contra o uso de sua santidade máxima. Federico Lombardi, representante do Vaticano, chamou o uso da foto de não permitido de completamente inaceitável e aconselhou que deverá ingressar com uma ação contra a grife.
“É uma grave falta de respeito ao papa, uma ofensa contra os sentimentos da fé e um claro exemplo de como a publicidade pode violar as regras elementares de respeito às pessoas com o objetivo de chamar a atenção por meio da provocação”, afirmou ele em comunicado
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