Uma pesquisadora da AUC (Universidade Americana do Cairo) acaba de divulgar a descoberta de uma múmia de 2.200 anos com câncer de próstata, o que reforça a teoria de que a doença pode ser acarretada, sobretudo, por questões genéticas, e não ambientais. A pesquisa foi divulgada no Journal of Paleopathology.
A análise utilizou uma tomografia computadorizada para averiguar por 48 meses três cadáveres do conjunto Museu Nacional de Arqueologia, em Lisboa. As reproduções mostraram que havia danos na pélvis, espinha e partes próximas, traços alusivos de câncer de próstata metastático, em um dos cadáveres – um homem que faleceu aproximadamente com 40 anos de idade.
A interação genética e ambiente é um dos pontos fundamentais para a concepção do câncer. Até pouco tempo, acreditava-se que a circunstância redundante de causadores cancerígenos nos alimentos e no ambiente eram as causas principais de câncer. “Estamos começando a acreditar, no entanto, que as causas do câncer podem ser menos ambientais, e mais genéticas”, diz Salima Ikram, professora da AUC. Segundo a especialista, esta é o segunda ocorrência mais antiga conhecida de câncer de próstata.
“As condições de vida nos tempos antigos eram muito diferentes. Não havia poluentes ou alimentos modificados, por exemplo, o que nos leva a crer que a doença não é necessariamente ligada apenas a fatores industriais”, diz. Uma declaração da AUC relata que a ocorrência mais antiga de câncer de próstata conhecida diz respeito ao esqueleto de um rei da Rússia, de 2.700 anos de idade.
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