Atividade cerebral pode indicar maior predisposição ao alcoolismo

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De acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade da Califórnia, em San Diego, nos Estados Unidos, a atividade cerebral pode indicar maior tendência ao alcoolismo em jovens. Os resultados deste estudo serão publicados no periódico Journal of Studies on Alcohol and Drugs do mês de setembro.

Jovens apresentam predisposição para alcoolismo. (Foto:Divulgação)

O consumo excessivo de álcool na adolescência é prejudicial

Os autores do trabalho afirmam que ingerir bebidas alcoólicas de maneira excessiva diminui o ritmo da atividade de algumas regiões do cérebro, sobretudo quando se trata de adolescentes. O excesso de álcool acontece quando uma mulher consome mais de quatro doses, enquanto o homem ultrapassa cinco.

Para associar a menor atividade cerebral ao alcoolismo, os pesquisadores da Universidade da Califórnia avaliaram 40 jovens, com idade entre 12 e 16 anos. Os participantes não consumiam bebidas alcoólicas, mas foram submetidos a uma ressonância magnética funcional para analisar a pré-disposição.

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Após a realização do exame, que explora as principais funções como memória, linguagem e coordenação motora, constatou-se que existe uma vulnerabilidade no cérebro de cada adolescente, ou seja, eles possuem mais chances de desenvolver alcoolismo do que uma pessoa em fase adulta.´

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Participantes da pesquisa passaram por ressonância magnética funcional. (Foto:Divulgação)

Segundo a coordenadora do estudo, Lindsay Squeglia, os resultados não devem servir para motivar os jovens a realizar a ressonância magnética. Na verdade, o objetivo do trabalho é identificar as origens biológicas do alcoolismo na adolescência.

Além de indicar a tendência do jovem para o consumo excessivo de álcool, a pesquisa também constatou que, uma vez que o adolescente consuma bebidas alcoólicas demasiadamente, sua atividade cerebral se torna semelhante à de uma pessoa que enfrenta sérios problemas com o alcoolismo.

As reações semelhantes entre o cérebro de um jovem e o cérebro de uma pessoa alcoólatra é uma descoberta importante e que segue na contramão do que se esperava. Antes do estudo, os cientistas acreditam que a atividade cerebral se tornava mais eficaz com o amadurecimento que se dá na adolescência.

A pesquisa norte-americana comprovou que o excesso de álcool prejudica o cérebro do jovem, sobretudo quando ele necessita das suas funções cognitivas funcionando adequadamente para realizar um trabalho eficaz. Desta forma, o consumo excessivo de álcool na adolescência pode dificultar o aprendizado, já que interfere em competências como memória e linguagem.

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Os danos causados pelo alcoolismo

Alcoolismo traz complicações para a vida do adolescente. (Foto:Divulgação)

O consumo precoce de álcool pode ser muito perigoso para os adolescentes, afinal, tem grandes chances de se tornar um vício. De acordo com um estudo realizado por pesquisadores britânicos, os jovens que começam a beber antes dos 15 anos têm maiores chances de desenvolver o alcoolismo. Com o consumo exagerado de bebidas alcoólicas, eles são acometidos por problemas psicológicos, sociais e físicos.

O adolescente alcoólatra normalmente apresenta depressão, baixa tolerância, oscilação de humor, ansiedade, fobias e falta de atenção. Vários motivos podem levá-lo a ganhar gosto pelo hábito de beber, como a influência dos amigos e a fuga dos problemas.

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