Um inverno bem quente vem por aí, segundo as tendências da semana de moda de Paris. O quarto dia da maratona de moda apresentou coleções elaboradas e comerciais, dando espaço para algumas marcas mais descoladas como Comme des Garçons. Veja como foi o quarto dia de desfiles.
Junya Watanabe
A alfaiataria reinou soberana na coleção de inverno de Junya Watanabe. As peças vieram desconstruídas e o efeito trompe l´oeil também apareceu, desta vez nas mangas que estavam ali não para serem vestidas, mas sim como um enfeite. Mais comercial, a coleção trouxe saias longas, sobreposições diversas e estampas delicadas, alem de calças retas e blazers com estética desconstruída. A pegada masculina apareceu nos sapatos e o veludo devorê enriqueceu as peças.
Haider Ackermann
A sensualidade foi a aposta para a coleção de inverno da marca. Tecidos sofisticados e mistura de cores deslumbrantes deram o tom da coleção. Uma veia dramática pontuou os looks, percebida nas cinturas marcadas por cintos estruturados e largos. Decotes generosos, mix de texturas e materiais e também uma brincadeira com proporções e volumes. Vestidos, calças e camisas e cores quentes como mostarda, preo, azul-marinho e roxo.
Viktor & Rolf
Uma pegada mitológica e sombria rodeou a coleção de inverno da grife. Macacões levinhos e os conjuntinhos com ares de pijama em seda vieram monocromáticos ou com estampas. Shapes voltados para a década de 1940 além de alfaiataria impecável. Os materiais como couro e pele reforçavam a ideia de animais noturnos. Já os vestidos de festa tinham pegada anos 1920, com direto a muito glamour e elementos art déco.
Cacharel
A marca buscou inspiração em Amelia Earhart, a mulher pioneira na aviação nos Estados Unidos. A década de 1920 pousou na passarela, trazendo feminilidade e beleza à peças, que contrastou com os shapes maximizados dos casacos com ombros caídos e as pantalonas megafolgadas. Uma estampa chamou atenção em particular, em formato de prismas, ela remetia aos flocos de neve vistos nas janelas dos aviões. O zigue-zague também deu as caras. As meias das modelos vieram decoradas e a cartela de cores surgiu doce e em tons delicados de azul, cinza e off-white.
Vivienne Westwood
A rainha do punk, Vivienne Westwood, apresentou sua coleção de inverno em Paris. Peças com pegada rock’n’roll, porém, com ares mais sóbrios e maduros. As clássicas escolhas de Vivienne deram as caras como o tartan, o xadrez e a mistura de estampas. Alfaiataria de corte impecável ganhou estrutura e lembrava origamis com shapes maxi. A mistura de dois estilos – grunge e boho chic – apareceu em peças podrinhas e também nas sobreposições exageradas. As cores escolhidas foram azul, marrom, pêssego, branco, preto e cinza.
Comme des Garçons
As silhuetas exageradas e extremamente maximal foram as apostas para o inverno da grife. A estilista Rei Kawakubo investidou em vestidos e conjuntos com shapes exageradamente gigantes. Muito mais conceitual que comercial, a coleção de inverno ainda trouxe as peças em formas chapadas, transformando as modelos em bonecas de papel. Segundo Rei, a internet e a vida por trás dos computadores deram o start nas inspirações. Ela ainda afirmou que o futuro será em duas dimensões.
Jean Paul Gaultier
Para o inverno 2012 da marca, o estilista investiu em uma pegada de desordem e protesto. As formas da década de 1980 apareceram misturadas ao punk e estampas de grafite. As peles vieram coloridas, os tecidos metálicos e o couro também deram as caras. Dentre as nuances o vermelho-escuro, verde, cinza, dourado e preto foram as apostas.
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