A primeira coisa que fazemos quando entramos numa rede social é procurar pelas pessoas que conhecemos, certo? Então, a própria plataforma sugere que importemos nossos contatos, preenchamos os dados de formação acadêmica e profissionais e o mais rápido possível, avisemos todas as pessoas que conhecemos que estamos participando daquela rede. Mas a maioria das pessoas se esquece de que não apenas os conhecidos nos verão, como também os “amigos dos amigos”… E aí, a coisa começa a complicar.
Se você trabalha, por exemplo, num escritório, corre o risco de ter um superior supervisionando suas atividades. Não adianta esconder a foto, colocar um nome de perfil bem estranho, porque no caso do Facebook, as relações acabam por denunciar o perfil fake. Para não correr o risco de perder o emprego por causa da onda das redes sociais, seguem algumas dicas:
- Certifique-se de sua empresa permite que os funcionários acessem as redes sociais. Hoje em dia, com o uso dos tablets e samartphones, postamos por meios móveis. Mesmo assim, apesar dos funcionários estarem eventualmente impedidos de entrar nas redes, ninguém garante que os computadores do chefe não possam, e você, achando que ninguém está vendo seus posts escritos via celular…
- Cuide de suas palavras. Supondo que não haja restrição quanto às postagens, o cuidado deve voltar-se para sua linguagem e suas opiniões. Nenhuma empresa quer ter em seu quadro de funcionários pessoas violentas, preconceituosas, ou contrárias às regras sociais aceitas. Sua vida particular não deve afetar o aspecto profissional, porém, se coloca isso de modo público, deve aguentar as consequências.
- Selecione bem as fotos. Aquele final de semana em que você foi num churrasco com seus amigos e alguns ficaram muito alcoolizados foi engraçado, certo? Não para o seu chefe! Mais uma vez, o bom senso deve pautar suas ações.
- Controle o tempo de uso da internet para fins pessoais. Se sua página tem uma atualização a cada 20 minutos e para que isso aconteça, você usa 5 minutos — tempo médio estimado por uma campanha do IDEC — isso quer dizer que ao final de uma jornada de 8 horas de trabalho, você ficou, cerca de 1 hora e 20 minutos conversando e curtindo seus amigos virtuais e trabalhou, ao final do mês, quase três dias a menos.
- Não adianta bloquear o chefe! Como citado anteriormente, as redes sociais como o Facebook, por exemplo, se valem do artifício de integrar pessoas. Dessa forma, se você bloqueou seu chefe para que ele não monitore sua página, precisa pensar que ele poderá ler suas postagens através dos outros murais. Isso, se você tiver certeza de que ele tem apenas um perfil.
- Cuidado com os espiões. Existem programas no mercado capazes de rastrear toda a atividade de um computador. Um exemplo é o software Win Spy Master, que monitora sites visitados, pesquisas realizadas na Internet, Orkut, Facebook, MSN e tudo o que foi digitado no computador. Além disso, ele captura telas dos sites visitados e programas ativados através de um sistema próprio de captura de imagens. As telas podem ser vistas individualmente ou em sequência através de um player incluído no próprio programa. Precisa falar mais sobre o perigo que isso representa para aqueles que vão para o trabalho para navegar na internet e manter bem ativa a rede de amigos?
É bom lembrar que apesar das possibilidades de monitoramento, os funcionários têm seus direitos resguardados quando a política da empresa a respeito do comportamento virtual está contida no contrato de trabalho, ou seja: o empregador tem o direito de monitorar as atividades dos funcionários, mas isso precisa ser avisado no ato da contratação e estar explícito em cada contrato, individualmente. Pelo sim, pelo não, informe-se e cuide de sua reputação profissional. Bom senso, nunca é demais!
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