De acordo com as investigações do Ministério Público Estadual de São Paulo sobre a atuação do Primeiro Comando da Capital (PCC), a facção criminosa que já colocou o Estado de São Paulo todo em estado de alerta, chegou a planejar a morte do governador Geraldo Alckmin (PSDB).
Estado de S.Paulo divulga informações sobre plano de morte de Governador
O jornal O Estado de São Paulo acessou o áudio de uma interceptação telefônica na qual um dos líderes do PCC, Luis Henrique Fernandes, conhecido como LH, fala com Rodrigo Felício, o Tiquinho, e Fabiano Alves de Sousa, o Paca, os dois também são integrantes da facção.
“Depois que esse governador entrou aí o bagulho ficou doido mesmo. Você sabe de tudo o que aconteceu, cara, na época que ‘nois’ decretou ele, então, hoje em dia, secretário de Segurança Pública, secretário de Administração, comandante dos vermes (Polícia Militar), estão todos contra ‘nois’.”, falou o preso LH. Segundo os promotores que investigam o caso, a facção criminosa se refere a “decretar a morte” do governador de São Paulo.
Plano para matar Alckmin foi arquitetado em 2011
O diálogo aconteceu no dia 11 de agosto de 2011, às 22h37. As investigações dos promotores do Grupo Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) se iniciaram em 2009 e resultaram na denúncia de 175 integrantes do PCC.
O Ministério Público também solicitou à Justiça a internação de 32 presos no Regime Disciplinar Diferenciada. Atualmente, a cúpula da facção criminosa mais famosa de São Paulo atualmente está em regime fechado no presídio de segurança máxima de Presidente Venceslau.
O PCC é muito articulado e já chegou a liquidar juízes, policiais e lideres de outras facções criminosas. O isolamento dos lideres é uma tentativa de fazer com que o PCC tenha maior dificuldade de se articular. A assessoria do Governador de São Paulo não se pronunciou sobre as denúncias.
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