Quadrilha que apresentava empréstimo, fez cerca de 3 mil vítimas

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O empréstimos era com juros baixos e facilidade para autorização.

A quadrilha suspeita de atrair pessoas com problemas financeiros através de empréstimos com juros pequenos e facilidade para autorizar o dinheiro fez aproximadamente 3 mil vítimas nos últimos cinco anos, de acordo com a polícia. Quatro indivíduos foram apreendidos.

A polícia seguiu a quadrilha nas últimas duas semanas, antes de entrar numa casa de Itaquera, na Zona Leste de São Paulo. Três mulheres e um homem foram apreendidos. Um dos suspeitos empregava três nomes falsos para iludir as vítimas, atraídas por propagandas em jornais.

As gravações realizadas com licença da Justiça apontam como as pessoas caíam na cilada, a qual apresentava celeridade e juros bem pequenos. No primeiro contato, os clientes eram bem tratados.“Com relação à identificação da sua ficha, primeiro eu quero te dar os parabéns, te dar o abraço, o respeito, o carinho da empresa. O senhor está apto a ter o empréstimo”, disse o golpista. Um deles solicitou R$ 10 mil.

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Vítima – Aí você me passa o valor, por favor?
Golpista – Para R$ 10 mil, você paga R$ 805 de suporte. Eu já libero esses R$ 10 mil na sua conta, livre, para saque imediato, e daqui a 30 dias você começa a pagar as prestações através do carnê em qualquer agência bancária.

A quadrilha só trabalhava  via telefone.

Vítima – Olha, eu estou aqui com o comprovante aqui, da ordem de pagamento.
Golpista   Eu já te passo o e-mail e já providencio a liberação, tá ok?

Três dias depois, nada do crédito, e o golpista exigia mais dinheiro.

Golpista  Porto Real Empréstimo, bom dia.
Vítima – Paguei na sexta-feira, R$ 805.
Golpista  Então, não foi feita essa liberação, em razão do não pagamento do IOF, Imposto sobre Operações Financeiras. Para se liberar os R$ 10 mil, o senhor tem que pagar o imposto.
Vítima – O imposto é de quanto?
Golpista  R$ 399. Se conseguir arrumar esse dinheiro emprestado aí, eu libero os R$ 10 mil na hora para o senhor.

Ninguém residia no local recomendado como endereço. O domicílio, locado, funcionava somente como escritório da quadrilha. O telefone não para, mas quem atende agora é a polícia. “Presta atenção. Aqui quem está falando é a polícia. É o delegado de polícia. Isso aqui é uma tremenda de uma arara, de uma arapuca, entendeu? É fraude. Acabou de não ser lesado, está bom?”, disse.

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