Punk na moda

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Nos dias de hoje, todo mundo tem conhecimento do que é o punk e qual é a sua estética, mas lá pelos anos 1970 ele ainda não existia. O Punk veio à tona em 1976, em Londres, como um protesto contra o que estava acontecendo com o mundo naquele momento. As pessoas se manifestavam através das roupas e música, impondo uma postura anárquica e agressiva.

Os punks se intitulavam como sendo anti-moda, e eram estereotipados pela mídia como jovens rebeldes que agiam contra o sistema e tinham intenção de chocar a sociedade. De fato eles chocavam as pessoas em geral que não pertenciam ao movimento, pois se vestiam com essa finalidade, com roupas puídas, piercings e alfinetes pelo corpo, cabelos com moicanos, coloridos e espetados.

Mas não era só disso que o punk era capaz, essa subcultura era muito diferente e a estilização criada derivava de muitas outras. Os membros da cena punk pertenciam a vários patamares da sociedade, porém, todos tinham uma referência intelectual: a Internacional Situacionista, que era um movimento político e artístico, dos anos 1960, que criticava a cultura do consumo e capitalismo. Tudo isso designou um slogan: DIY – Do It Yourself, ou seja, faça você mesmo.

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Punks

O visual apresentado pelo punk era referente à subversão, devido ao método de fabricação das roupas, a bricolagem – usar diferentes materiais ou costumes para criar um novo, fundiu vários estilos em um só, como o fetiche e as vestimentas relacionadas, os militares, o rock and roll.

Vivienne Westwood e Malcolm McLaren estavam no centro de tudo isso. Ambos proprietários da loja de roupas SEX (depois renomeada para Sedetionairies), situada em Londres, com o letreiro feito em borracha rosa de um metro e meio. Sempre chocando, né? McLaren virou empresário dos Sex Pistols, banda referência do punk, e a butique fornecia o figurino para os rapazes se apresentarem nos shows.

Os punks tinham por característica estética usar calças rasgadas, pretas e apertadas, jaquetas de couro personalizadas (olha o DIY presente) com tinta e rasgos propositais, correntes e tachas de metal e o coturno militar. As mulheres também eram vistas com meia-arrastão, minissaia e sapatos stilleto (salto agulha); calças sadomasoquistas (subversão) com tiras pendentes e amarrações.

As camisetas e jaquetas usadas por eles possuíam inscrições ofensivas e imagens obscenas, a borracha e o PVC eram adorados pelos jovens, assim como materiais sintéticos com brilhos e metálicos. Muitos zíperes, alfinetes, tachas, correntes, tudo isso era encontrado na butique SEX, produtos oferecidos para os punks que podiam comprar.

Toda a agressividade e hostilidade no visual do punk, perdura até os dias atuais. Na moda, encontramos essa estética em diversas ocasiões, roupas e acessórios. O PVC, as tachas, correntes e camisetas com estampas divertidas e não mais obscenas estão presente na nossa vida. Hoje, podemos nos expressar de uma forma mais sutil contra a sociedade, mas quem aí nunca teve uma camiseta estampada protestando alguma coisa? Ou então, uma calça toda rasgada e puída? Um coturno? Tudo isso me lembra o que vimos nas ruas e nos jovens no momento.

Punk is not dead.

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