Os perigos da plástica sem corte

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A plástica sem corte pode representar uma ameaça para a saúde e beleza.

A bioplastia tem ganhado espaço na área de medicina estética e sendo classificada como um tipo de cirurgia plástica sem corte. As promessas a respeito do procedimento são diversas, mas o uso dos produtos necessita de cautela para que o sonho do visual perfeito não se converta em um pesadelo.

Considerada uma revolução no ramo de estética, a bioplastia promete melhorar a aparência por meio da aplicação de uma substância, contando apenas com anestesia local, sem sangramento, hematomas ou necessidade de internação. Apesar do novo método se revelar simples, rápido e moderno, ele também pode simbolizar uma ameaça.

O procedimento da plástica sem cortes consiste na aplicação de uma substância não biodegradável e permanente, podendo assim remodelar o rosto, os glúteos, o nariz, os lábios, a panturrilha e outras partes do corpo. O produto normalmente usado para fazer a bioplastia é o polimetilmetacrilato, também conhecido pela sigla PMMA.

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Quando a bioplastia se torna uma ameaça

A substância pode causar inflamações, difíceis de reverter.

A substância PMMA é sintética e muito semelhante ao plástico, sendo introduzida no organismo do indivíduo através de uma seringa. Quando a promessa de corrigir imperfeições dá errado, o método acaba comprometendo a aparência e afeta a saúde.

A ação do polimetilmetacrilato se torna perigosa principalmente quando o organismo absorve a substância, resultando na inflamação do local onde a injeção foi aplicada. A complicação forma grânulos e também pode desencadear a necrose, ou seja, morte do tecido.

A bioplastia se torna danosa quando o corpo rejeita a substância aplicada, causando reações alérgicas, inchaços, dores, vermelhidão e pus. Dependendo da intensidade de cada caso, os efeitos podem destruir os músculos essenciais para se locomover.

Uma vítima da bioplastia.

Quando o PMMA é injetado no organismo, ele pode não permanecer apenas na mesma região do corpo ou do rosto e sofrer com as infiltrações. À medida que a substância sintética invade outra área, ela também acaba resultando em deformações.

A realização da cirurgia plástica sem cortes tem sido cada vez mais questionada na área de medicina estética, sobretudo por causa dos efeitos adversos. Apesar de cirurgiões renomados alegarem que uma aplicação não oferece riscos, não é bem esta a realidade da maioria dos pacientes.

Em casos de problemas após a aplicação do PMMA, o indivíduo nunca consegue se recuperar completamente. Além de receber várias doses de corticoides, também é necessário passar pela cirurgia de reconstrução para reduzir os danos da região do corpo afetada.

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É importante que o paciente saiba, antes de se submeter ao procedimento, que a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica não recomenda a aplicação do polimetilmetacrilato.

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