Médicos acusados de retirar rins de pacientes vivos vão a júri popular

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O caso dos médicos acusados de terem causado a morte de quatro pacientes, após terem extraído os seus rins, para  transplante, terá inicio do julgamento nesta segunda-feira (17). A história, que chocou o Vale do Paraíba e todo Brasil, parece estar perto de por fim ao assunto, com a justiça. Os três médicos de Taubaté, cidade do interior de São Paulo, teriam provocado as mortes entre setembro e outubro de 1986.

Pedro Henrique Masjuan Torrecillas, Rui Noronha Sacramento e Mariano Fiore Júnior são acusados pelo Ministério Público de usarem falsos diagnósticos de morte encefálica (na cabeça) para poder retirar os rins dos pacientes vivos, com o objetivo de realizar transplantes. Os autores do crime realizavam a operação, em seguida, o neurocirurgião e legista Mariano Fiori concluía nos relatórios que a morte das vítimas eram  por lesões cerebrais, como traumatismo craniano, raquimedular ou aneurisma, escondendo a verdadeira causa do óbito: a extração dos rins.

Os peritos apreenderam, para análise, os prontuários e os laudos das angiografias cerebrais dos pacientes que morreram, e concluíram que as vítimas não tinham diagnóstico concreto e seguro de morte encefálica para que pudesse ser feitas as cirurgias de retiradas dos rins. Os médicos devem ir a júri popular em Taubaté ainda nesta segunda-feira (17). Também fazem parte das acusações, os médicos Antônio Aurélio de Carvalho Monteiro, falecido no ano passado, e José Carlos Natrielli de Almeida, que não foi pronunciado a pedido do Ministério Público.

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