Mano Menezes pede análise profunda do futebol brasileiro e diz que Barcelona faz história

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Mano Menezes ressalta que é preciso formar, dirigir e criticar melhor os jogadores brasileiros. (Foto/Divulgação)

O técnico da Seleção Brasileira, Mano Menezes, se rendeu aos encantos do Barcelona. Em nota oficial, publicada em seu site, Mano falou sobre a espetacular exibição do Barcelona na vitória por 4 a 0 contra o Santos, na final do Mundial de Clubes da Fifa. Além disso, o treinador aproveitou a oportunidade para pedir uma análise profunda do futebol brasileiro.

Leia a nota na íntegra.

“Não temos mais dúvidas entre os futebolistas, sejam eles jogadores, dirigentes, críticos ou torcedores: este grupo atual do Barcelona veio para fazer história.

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A vitória de hoje, na final do Mundial de Clubes da Fifa diante do Santos, no Japão, foi apenas mais uma das tantas conquistadas até aqui e das que ainda virão.

Há 35 anos atrás eles decidiram que queriam ser assim, trabalharam incansavelmente nesta direção e o resultado está à mostra para o mundo todo ver. Sua capacidade não se discute mais. Eles estão disparadamente melhores.

Como técnico de futebol da Seleção Brasileira, saio deste jogo com dois sentimentos: um de tristeza e outro de esperança.

Tristeza pela superioridade incontestável de uma equipe espanhola contra uma equipe brasileira.

Esperançoso porque, excluindo os extremistas, provavelmente a derrota vai nos remeter a uma discussão mais profunda e proveitosa, dos verdadeiros problemas do futebol brasileiro.

Tenho ouvido que sempre vencemos do nosso jeito e os outros estão fazendo da maneira que fazíamos antes.

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Temos que encarar que essa gente está fazendo algo diferente e temos que aceitar, entender e resolver isso. Os projetos precisam ser sérios e ter continuidade.

Aqui, nossos críticos ainda estão rotulando uma equipe de ofensiva ou defensiva pelo número de atacantes ou volantes que o seu técnico escala na formação inicial, e isso passa para o torcedor.

Este Barcelona já jogou em todas as disposições táticas. Iniciou uma partida, recentemente, com linha de três defensiva, sem nenhum zagueiro e hoje deu uma aula de ofensividade, sem nenhum atacante de ofício.

Continuamos produzindo jogadores com alta capacidade técnica, mas precisamos formá-los, dirigí-los e criticá-los melhor.

Nosso potencial ainda nos permite esta recuperação a curto prazo.

Então temos que fazer a nossa parte porque nossos adversários estão fazendo a sua.

O Santos, apesar da derrota, é o atual campeão da Libertadores da América, vice-mundial, dirigido por um dos técnicos mais vencedores do futebol brasileiro, com um grande elenco, que merece todo nosso respeito”.

 

 

 

 

 

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