Ínguas: o que pode ser

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O termo íngua é o nome popular por qual é conhecido o aumento dos gânglios linfáticos ou linfonodos, e que também pode ser chamado de linfadenomegalia ou linfonodomegalia. Elas costumam surgir em determinadas regiões do corpo, especialmente quando o organismo apresenta alguma infecção. Existem vários mitos a respeito desses carocinhos. Saiba mais sobre o assunto, acabe com suas dúvidas e entenda o que as ínguas podem ser.

A íngua de caráter benigno é dolorosa, móvel, fibrelástica e apresenta sinais flogísticos.(Foto: Divulgação)

Por que o aumento dos linfonodos acontece

Teoricamente a linfonodomegalia pode ocorrer em praticamente qualquer parte do corpo, entretanto algumas regiões são famosas por proporcionarem melhor percepção dos carocinhos. As áreas de ocorrência mais frequente são ao redor da orelha, sob a mandíbula e queixo, laterais do pescoço, fossas supraescapulares (conhecidas popularmente como “saboneteira dos ombros”), axilas e virilha.

Os gânglios linfáticos são constituídos por principalmente por células de defesa. Essa estrutura fica estrategicamente distribuída em locais onde possam drenar a linfa, que nada mais é do que o líquido que extravasa dos capilares para nutrir os tecidos. Além de receber esse fluido os linfonodos literalmente filtram a linfa, a procura de qualquer microrganismo que possa causar problema.

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Na maioria das vezes a linfadenomegalia está associada a quadros infecciosos.(Foto: Divulgação)

Quando algum vírus, bactéria ou fungo é filtrado pelos gânglios linfáticos, ocorre uma reação imunológica, que culmina na formação de uma resposta específica contra o agente invasor. O aumento na quantidade das células de defesa, microscopicamente, resulta na hipertrofia do gânglio, macroscopicamente.

Portanto, a presença de linfadenomegalia é benéfica na grande maioria dos casos, e significa que o corpo está reagindo a uma provável infecção. Esse processo surge, na maioria das vezes, após dores de garganta, resfriado, infecção dentária, infecção na pele e após processos virais, como o herpes.

Entenda melhor por que ocorre a linfadenomegalia.

Relação da linfadenomegalia com câncer

Muitas pessoas temem as ínguas e as relacionam com alguma espécie de malignidade. Isso acontece porque o aumento dos gânglios linfáticos também ocorre por metástases de vários tipos de câncer ou até mesmo por tumores primários, chamados de linfomas.

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A boa notícia é que as características clínicas dessas duas causas de linfonodomegalia são bastante distintas, e por isso não é preciso ficar preocupada antes mesmo de procurar um médico, quando eventualmente surgir algum caroço embaixo do braço.

Diferenças entre a linfadenomegalia maligna e inflamatória

Na íngua que surge como resultado de uma resposta imunológica a qualquer tipo de infecção, a região afetada costuma ser dolorida à palpação, frequentemente avermelhada e com temperatura local elevada, como resultado do processo inflamatório. A palpação do linfonodo revela uma estrutura com textura fibroelástica e móvel. Após a resolução do foco de infecção, tende a regredir de tamanho, podendo durar alguns meses.

A linfadenomegalia maligna geralmente não apresenta nenhuma alteração na pele da região, possui consistência bastante endurecida (pétrea), não é doloroso à palpação e nem móvel, estando intimamente aderido a planos profundos da pele. Não costuma estar relacionado a nenhum quadro inflamatório próximo e pode aumentar de tamanho com o passar do tempo. Os locais mais frequentes de sua aparição são na fossa supraescapular e região periumbilical.

Saiba mais sobre o linfoma.

O pescoço é uma das regiões mais acometidas.

O aumento dos gânglios linfáticos, popularmente chamados de ínguas, é muito frequente e geralmente se associa a quadros infecciosos como resfriados, dor de garganta e lesões de pele. Uma pequena parcela dos casos de linfadenomegalia pode estar associada a algum tipo de câncer, seja ele primário (do próprio tecido linfoide) ou secundário (por metástase de outros cânceres). Entretanto, as características clínicas nessas duas situações são completamente diferentes. Vale ressaltar a importância de uma visita ao médico para esclarecer eventuais dúvidas.

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