FHC defende regulamentação da maconha

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No dia 21 de maio, aconteceu no centro da cidade de São Paulo, à proibida “Marcha da Maconha”, causando verdadeiro tumulto nas ruas paulistanas. Isso porque a marcha não foi autorizada a acontecer e os protestantes e policiais entraram em conflito, gerando agressões e prisões. A intenção dos manifestantes era reivindicar a descriminalização da maconha, ou até mesmo a legalização da droga.

Nesta mesma semana, o ex-Presidente do Brasil, Fernando Henrique Cardoso, anunciou o lançamento de seu filme, no estilo documentário chamado “Quebrando o Tabu”, em que FHC detalha a questão da descriminalização da maconha, os pontos positivos desta decisão, entrando inclusive nas questões sobre os meios falhos adotados pelo Brasil durante o seu governo para combater as drogas. O documentário conta com a participação de outros ex-presidentes de países como o México, Colômbia, e Estados Unidos, como Bill Clinton, que relatam como o combate as drogas poderia ser tratado de outra maneira.

O ex-presidente discute a questão dos danos nocivos da maconha, que comparada a outras drogas legalizadas como o álcool, e o cigarro está em último lugar. Em uma pesquisa da conceituada revista americana “The Lancet”, a maconha aparece como a droga menos agressiva para os seres humanos, no entanto, se tem a consciência de que toda droga é, de fato, prejudicial de alguma maneira.

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A intenção de FHC não é conseguir a liberação da maconha, mais sim a sua regulamentação. Regulamentar o uso da maconha é criar meios de venda, e de consumo que sejam adequados para o nosso tipo de sociedade. Segundo FHC, existem mil maneiras de isto ser feito, vários caminhos que podem ser seguidos para conseguir o uso descriminado da maconha, com a intenção principal de reduzir a violência e todos os danos gerados pelo tráfico de drogas. Para FHC, ainda, seria possível dar enfoque maior para as drogas mais destrutivas, como o craque, e a cocaína, por exemplo, uma vez que a questão da maconha fosse solucionada.

Em Portugal, não existe uma punição contra o usuário de drogas, a não ser frequentar centros de reabilitação, e fazer trabalhos comunitários. Fernando Henrique apoia o fato de que os usuários de drogas querem sair desta situação de dependentes químicos, então oferecer tratamento é o caminho mais viável para combater o uso de drogas, já que é um caso de saúde publica, em primeiro lugar, antes de ser um crime. No entanto, sabe-se que é necessário ter estrutura para que isto aconteça.

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