O termo “estrabismo” pode parecer estranho para muita gente, mas é um problema bastante conhecido e todo mundo já ouviu falar. Ele ocorre quando há perda do paralelismo entre os olhos (que deveriam ser simétricos) e as pessoas portadoras desse distúrbio geralmente são chamadas de “vesgas”.
A forma mais comum de estrabismo é a esotropia, também chamado de estrabismo convergente, onde um dos olhos é desviado para dentro. Outras formas, menos comuns, são a exotropia ou estrabismo divergente, onde o desvio ocorre para fora, e o estrabismo vertical, onde um dos olhos fica mais alto ou mais baixo que o outro.
Quadro clínico
Existem três maneiras que o estrabismo pode se manifestar:
- Constante: Um dos olhos fica constantemente desviado e essa alteração pode ser observada permanentemente. Pode ser monocular, quando é sempre o mesmo olho que desvia, ou alternante, quando o olho afetado varia, desviando ora um ora outro.
- Intermitente: Quando o quadro clínico não pode ser observado constantemente, porque ora os olhos estão alinhados ora com desvio. É mais comum no estrabismo divergente.
- Latente: Quando só pode ser percebido por meio de testes, através do exame de motilidades ocular.
A causa do problema
A causas desse problema ainda não estão totalmente esclarecidas, mas é reconhecido seu caráter genético, onde o distúrbio pode ser passado de geração em geração, podendo pular algumas. Existem também o estrabismo secundário, que ocorre devido à outras doenças como diabetes, hipertireoidismo e afecções neurológicas.
Detecção e diagnóstico
É recomendado que as crianças sejam examinadas durante a infância e a idade pré-escolar, para que não apenas o estrabismo, mas qualquer outro problema potencial seja detectado.
Alguns fatores tornam difícil a percepção de desvios oculares nas crianças. A dica é ficar atento porque o verdadeiro estrabismo não melhora conforme a criança cresce, diferente do que acontece com o falso estrabismo, onde, por exemplo, o excesso de pele na pálpebra superior da criança, pode passar a impressão de um olhar estrábico, que tende a melhorar com o avançar da idade.
Tratamento
Geralmente a primeira escolha para resolver o estrabismo é a utilização de óculos. Quando o problema não é resolvido totalmente ou quando não responde à esse tratamento, opta em fazer cirurgia. O estrabismo latente e o intermediário também podem ser resolvidos através de exercícios chamados de “ortópticos”.
Apesar de ser bastante comum e geralmente não trazer graves complicações, vale lembrar que nos casos mais sérios pode ocorrer perda da visão do olho desviado (porque o cérebro passa a ignorar os sinais enviados por esse olho, evitando o efeito de visão dupla, mas que, em longo prazo, é maléfica) ou até mesmo ser uma manifestação de outra doença, mais grave, sendo fundamental que o paciente seja examinado por um médico assim que houver suspeita do desvio ocular.
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