Balança: Entenda o Motivo de as Mulheres Odiarem o Aumento de Peso

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Como parece ser regra, a balança quase sempre representa um pesadelo na vida das mulheres. Seus números representam incômodos semelhantes às piores torturas medievais, e a busca pelo peso ideal e pelo corpo perfeito atingiu parâmetros de epidemia.

Não é difícil entender a razão: olhe para os lados, veja as bancas de jornais ou navegue um pouco pela internet. Repare em quantas dietas, badulaques e queixas estão em volta a respeito do próprio corpo e do peso e histórias de quem faz as coisas mais loucas pela ideia de vestir uma calça com medidas menores. Aliás isso está presente a ponto de haver até mesmo uma frase popular sobre o assunto: Já ouviu dizer que “toda mulher precisa perder pelo menos dois quilos”? Pois é, isso não é um mal ensinamento, mas sim uma alusão ao fato de a maioria delas não estarem satisfeitas com o próprio corpo.

O problema é que essa insatisfação tem muito pouco a ver com desejo próprio, mas sim aos olhos alheios, a um ideal cultuado como sendo o da perfeição. Aliás, a história mostra que é um padrão bastante mutável, porém no caso da magreza parece perdurar.

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Quando a magreza começou a ser regra?

Este visual começou a fazer sucesso nos anos da década de 1960 com o estrelato de Lesley Hornby, mais conhecida como Twiggy. Aliás, seu apelido é bastante ilustrativo para definir sua aparência: um termo em inglês derivado da palavra graveto, ou palito.

Uma menina muito jovem, magra e com o corpo semelhante ao de um garoto, porém a foi a primeira top model do mundo. Isso em uma época onde até então o ideal de perfeição era a atriz Marilyn Monroe: o tipo “mulherão” com seios, curvas e quadris. E foi uma presença tão forte, que segundo os padrões vigentes até hoje, Marilyn seria considerada “cheinha”.

O ideal estabelecido por Twiggy inicialmente era a da mulher magra, sem seios, quase como um garoto, além de um ar frágil e angelical. Com o tempo, alguns destes aspectos foram mudando, como por exemplo os seios e o bumbum estão novamente sendo cobiçados, porém a magreza não exatamente faz parte deles. Esta continua firme e forte, alardeados por celebridades que se converteram em esqueletos e estampam capas de revistas celebrando seus feitos, transformando a busca pelo menos em uma verdadeira guerra em busca dos mesmos olhares admirados.

Quando a busca pelo corpo perfeito vira doença:

Muitas vezes a busca pela beleza apresenta feições cruéis. Na ânsia de corresponder ao que está vigente nas tendências, muitas vezes há a busca pelos atalhos perigosos.

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Segundo a endocrinologista Rosália Gouveia Filizola, não é raro ver que entre em processo obsessivo e, com isso, chegando aos extremos: omitindo refeições, passando horas e horas na academia, comendo de forma compulsiva e provocando vômitos para não engordar. Acalentando distúrbios alimentares como anorexia e bulimia, que são potencialmente fatais caso não sejam tratadas.

Esqueça o padrão, seja você mesmo:

Se você é uma dessas pessoas que estão sempre em busca dos “dois quilos a menos”, lembre-se de que beleza não é necessariamente aquilo que a mídia repercute. Antes de tudo, pense em sua saúde: não há suposta beleza que compense sua saúde. A beleza não está no fato de entrar em uma calça menor. E quando temos autoestima, pouco importa qual o padrão vigente. Respeite-se: se quer emagrecer, faça com saúde. Seja você mesmo. Ame-se do jeito que é. Isso vale muito mais do que os quilos a menos.

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