Um grupo da Universidade de Indiana administrou um estudo que analisou o comportamento do cérebro de jovens que jogam videogames violentos ou assistem a programas de televisão sangrentos. E segundo a conclusão este tipo de exposição implica sim, no funcionamento do cérebro destas pessoas.
Foram analisados dois grupos de meninos, com 14 garotos cada um. Durante uma semana inteira, um dos grupos teve contato direto com jogos agressivos, enquanto o outro ficou exposto a jogos sem qualquer tipo de violência.
Os pesquisadores fizeram ressonância magnéticas durante a semana de teste no cérebro dos garotos, enquanto cada um realizava sua tarefa, fosse ela um jogo violento ou não. E o resultado descoberto foi de que o cérebro dos meninos expostos ao conteúdo violento apontou menos atividade em áreas associadas com emoções, prudência e inibição de impulsos.
Ainda não está evidente, no entanto, quão duráveis são de fato tais alterações. Um dos especialistas comentou que depois de sete dias sem contato com os games, a atividade no cérebro dos meninos foi alterada novamente. Ela teria sido revertida para reações ‘normais’, mas ainda não eram precisamente as mesmas notadas no primeiro dia do teste, isto é, antes da exposição aos jogos agressivos.
Em outra tarefa a qual foi submetido, a finalidade foi avaliar o estado de atenção e concentração de cada um, após sete dias de jogos. Os garotos que foram expostos aos jogos agressivos, apontaram, novamente, mudanças no cérebro. Foi apontado a queda expressiva de atividade em regiões do cérebro associadas à atenção e concentração.
Segundo o exame dos especialistas, as alterações no cérebro não parecem ser duráveis. No entanto, o fato de terem sido descobertas já é um progresso na compreensão de como crianças podem ser comprometidas pela exposição a conteúdos violentos. As alterações observadas são semelhantes ao que é visto no acompanhamento de jovens diagnosticados como sociopatias severas.
“Indivíduos e pais de crianças expostas a este tipo de game devem ter em mente de que existem sim mudanças no funcionamento do cérebro e tais precisam ser consideradas na hora da escolha do jogo”, finaliza Dr. Vincent Matthews, coordenador do estudo.
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