Língua: Ela revela muito mais do que imaginamos

PUBLICIDADE
(Imagem: Foto divulgação)

É da medicina chinesa que derivou a ideia de avaliar a aparência da língua para descobrir casuais problemas do corpo humano. Praticantes dessa abordagem desde há muito tempo, acreditam que seu formato e sua cor são capazes de divulgar  desequilíbrios e orientar sobre o estado físico da pessoa.

Embora essa crença tenha se encontrado com um certo conflito, ao longo dos anos, ela procede ganhando força em várias correntes. “Esse órgão muscular sinaliza qualquer alteração do corpo”, afirma Ana Kolbe, presidente da Associação Brasileira de Estudos e Pesquisas dos Odores da Boca, em Salvador, na Bahia.

Cientistas da Universidade de Tecnologia da Malásia também acreditam nessa possibilidade e começam um projeto que deve perdurar ao menos três anos. Os pesquisadores pretendem provar que a avaliação de observação da língua deve ser adicionado ao cotidiano de médicos e dentistas. Com a ajuda de leituras digitais, os especialistas criam um chip para verificar imagens capturadas na boca e aprimorar a análise.

PUBLICIDADE

Este tipo de investigação é admissível, já que as mucosas de nosso organismo são as primeiras a se deformarem quando em perigo. Daí que até a condição nutricional se cogita na língua. “Os tecidos da boca se renovam constantemente. Por isso, a formação de novas células depende de uma série de nutrientes, como as vitaminas”, ilustra Jaime Zaladek Gil, gastroenterologista do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Ela, desse modo, aponta as eventuais deficiências.

O aspecto físico da mucosa, é o primeiro a se diferenciar quando algo não vai bem. Isso porque, nosso organismo possui uma reserva de importantes substâncias, como alguns nutrientes. Caso esse estoque ficar no limite, imediatamente surgem colorações curiosas, por exemplo. Um problema muito comum, é a língua ficar mais avermelhada do que o usual. “Isso acontece quando há falta de vitaminas do complexo B e ferro”, explica Débora Dourado, gastroenterologista do Hospital e Maternidade São Luiz, em São Paulo.

Doenças mais graves, por outro lado, cometem mais do que desfigurar a língua em si. Elas tendem a alterar a corrente salivar. “A saliva é formada por uma parte líquida e uma sólida. Quando alguém adoece, a tendência é o problema diminuir a produção só da primeira parte”, explica Ana Kolbe. Desse modo, os resquícios sólidos desenvolvem um revestimento adepto e compacto, que de acordo com a cor levantará suspeitas do mal que a vigia.

Outra função primordial, é que as papilas gustativas possui sensores que assinalam cada sabor. Elas remetem mensagens ao cérebro, o qual distingue as sensações.

Imgem: revista saúde

Leia também:

Comentários fechados

Os comentários desse post foram encerrados.