Muitas gente desconhece a existência da hepatite G, descoberta em 1995 e responsável por cerca de 0,3% de todos o casos de hepatites virais. Apesar de ainda não se saber alguns dados importantes sobre essa doença, como todas as possíveis formas de transmissão, os estudos indicam que o contato sanguíneo é a principal forma de contaminação. Entenda o que é a hepatite G.
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Incidência na população norte-americana
De acordo com estudos feitos nos Estados Unidos, que rastrearam o vírus causador da hepatite G (VHG) em doares de sangue, cerca de 2% dos pesquisados já haviam entrado em contato com o VHG. Estima-se que esse vírus pode ser encontrado em até 30% dos usuários de drogas injetáveis e em até 10% das pessoas submetidas à transfusões de sangue.
Quadro clínico
Ainda não foi possível conhecer com exatidão o quadro clínico e as complicações dessa infecção, devido à recente descoberta do VHG, mas na maior parte dos casos a infecção aguda parece ser discreta e transitória. Apesar de existirem alguns relatos sobre quadros fulminantes, a maioria é bastante duvidosa e a população científica ainda não chegou a nenhuma conclusão sobre o assunto. Até o momento não se sabe se a infecção pelo VHG é capaz de provocar quadros de cirrose ou cancro hepático.
Dentre todos os indivíduos que entram em contato com o vírus, 90 a 100% acabam se tornando portadores crônicos, sendo que a maior parte permanecerá assintomática, ou seja, são pessoas capazes de transmitir a infecção, mas que permanecerão sem apresentar nenhum tipo de problema clínico.
Diagnóstico
Como ainda não existem testes capazes de detectar os anticorpos anti-VHG no sangue, o diagnóstico é feito através do exame PCR (Polimerase Chain Reaction), que não costuma ser feito rotineiramente e possui alto custo.
Prevenção
Ainda não existe nenhuma medida específica para prevenção da infecção pelo VHG, mas como se sabe que muito provavelmente o principal meio de contaminação seja através do contato com o sangue de pessoas infectadas, a recomendação é tomar muito cuidado e não compartilhar seringas e agulhas e evitar o contato com sangue ou produtos derivados do sangue. Outros conselhos são praticar sexo com proteção e evitar o compartilhamento de objetos cortantes, como os alicates de unha.
Tratamento
Apesar de ainda não existir nenhum tipo de tratamento para a hepatite G, não é preciso ter medo, pois os estudos publicados até o momento mostram que esse vírus é incapaz de causar lesões hepáticas ou outras complicações.
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A hepatite G é uma doença pouco conhecida, com prevalência baixa na população geral e incidência intimamente relacionada ao uso de drogas injetáveis. Apesar de não existir tratamento específico contra o vírus, os estudos indicam que o vírus VHG é incapaz de causar maiores problemas à saúde.
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