Descoberta mutação genética que pode prevenir Alzheimer

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Mutação do gene APP é capaz de diminuir em até 40% a formação da proteína que causa declínio cognitivo. (Foto:Divulgação)

O Mal de Alzheimer é uma doença que causa declínio cognitivo, se manifestando através da perda da memória recente, da dificuldade para adquirir novos conhecimentos, do isolamento e da agressividade. A causa da patologia é desconhecida, mas são considerados fatores de risco a idade avançada e o histórico familiar.

Embora não exista uma cura definitiva para o Alzheimer, existem meios de controlar a doença quando diagnosticada precocemente. O tratamento disponível é sintomático e baseado na ingestão de medicamentos, mas novas pesquisas estão sendo realizadas para melhorar a eficácia do combate à patologia que interfere na cognição. Atualmente é possível tratar o Mal de Alzheimer antes mesmo dele se manifestar, através de testes genéticos que preveem o risco da doença em cada organismo.

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Alteração genética combate Alzheimer

De acordo com um estudo do centro ‘deCODE Genetics’ de Reykjavik, na Islândia, um tipo de mutação genética é capaz de contribuir com a prevenção do Mal de Alzheimer e outros tipos de problemas cognitivos causados pelo envelhecimento. Os resultados da pesquisa foram publicados na revista científica britânica Nature.

Alteração genética pode simbolizar um grande passo para tratar Alzheimer. (Foto:Divulgação)

Para chegar às conclusões, os pesquisadores islandeses realizaram estudos completos sobre o genoma de 1.795 pessoas. Depois de finalizar as análises, descobriu-se que a mutação do gene APP é capaz de diminuir em até 40% a formação da proteína amiloide em idosos com boa saúde.

A proteína amiloide é uma substância que se acumula no cérebro e pode ser responsável pela formação de placas. Com isso, o paciente se torna vítima dos principais sintomas de Alzheimer que afetam a cognição, como perda da memória e dificuldade de raciocínio. Mas, se a proteína sofrer com mutação genética, ela é capaz de proteger o idoso dos males da doença degenerativa.

Segundo a pesquisa, os idosos de 80 a 100 anos de idade, com a mutação que freia os problemas cognitivos do Alzheimer, apresentam o desempenho cognitivo melhor do que aqueles que não possuem a alteração genética.

Até então, foram descobertas 30 alterações no gene APP, sendo que 25 são consideradas responsáveis por causar doenças associadas ao envelhecimento. No entanto, o estudo islandês foi o primeiro a descobrir uma mutação relacionada ao Alzheimer.

Mutação genética pode auxiliar tratamento em um futuro próximo

Declínio cognitivo é a principal marca do Alzheimer. (Foto:Divulgação)

Os especialistas em Alzheimer acreditam que a pesquisa desenvolvida pelos cientistas islandeses apresenta resultados significativos. Ao impedir a divisão da proteína, os sintomas da doença são contidos, por isso os tratamentos focados neste tipo de mecanismo possuem grandes chances de funcionar. Embora a descoberta tenha apresentado bons resultados, pode demorar algum tempo para que a doença seja tratada com base nas alterações genéticas.

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Enquanto a mutação genética não se torna uma alternativa de tratamento, é importante que as pessoas se empenhem na prevenção do Alzheimer, através de exercícios mentais, físicos e alimentação adequada.

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