Bitcoin, dinheiro digital: como funciona

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Criado em 2009 por Satoshi Nakamoto, o Bitcoin é uma moeda digital que, diferentemente das moedas convencionais, como o real e o dólar, não possui uma central de gerenciamento, como o Banco Central, responsável por gerenciar o dinheiro que circula por todo o Brasil.

Utilizando um complexo esquema matemático de criptografia para garantir a sua segurança, o dinheiro digital tem como base as redes peer-to-peer (P2P), aquelas mesmas através das quais você baixa músicas, filmes e outros tipos de arquivos. Vem daí o “bit” da palavra, que se refere ao BitTorrent, um dos gerenciadores de torrents mais populares.

Dessa forma, o Bitcoin usa bancos de dados espalhados pelos nós da rede P2P que é formada, para registrar as transações, não necessitando de nenhum emissor centralizado. Essa característica da moeda digital faz com que seja inviável o seu controle por parte de alguma autoridade, o que evita a inflação, por exemplo.

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Como funciona o Bitcoin?

dinheiro digital bitcoin
Algumas moedas de bitcoins já chegaram a ser cunhadas (Foto: Divulgação)

O funcionamento do Bitcoin se dá através de uma rede de dados que se expande em blocos, gerados a cada dez minutos, em média, por meio de uma complexa fórmula matemática, realizada com base no bloco anterior, formando uma corrente e evitando a criação de transações e moedas falsas.

Cada bloco traz as informações a respeito das transações realizadas, apesar de os participantes serem anônimos. Tal medida evita que as moedas do Bitcoin, também conhecidas como “BTC”, sejam gastas duas vezes ou utilizadas por outras pessoas que não o proprietário. É assim que o dinheiro digital nasce, através de “mineradores virtuais”, que utilizam computadores com altas capacidades de processamento para criar mais moedas virtuais.

Com relação à cotação do Bitcoin, ela varia de acordo com a demanda pelo dinheiro digital, ou seja, quanto maior a procura, mais alto o seu valor. A título de curiosidade, em abril desse ano, cada unidade de BTC chegou a valer US$ 266,00.

Quanto vale um Bitcoin?

Se você já acompanha o mercado financeiro deve saber que o interesse geral pelas criptomoedas tem aumentado nos últimos anos. Porém, o bitcoin é a moeda que mais chama a atenção de investidores e especuladores. Um dos motivos é o fato de ele ser a primeira criptomoeda mundial. Além disso, sua valorização tem sido surpreendente.

No dia 13 de março de 2021, por exemolo, o bitcoin chegou a valer quase US$ 62 mil, ou mais de R$ 340 mil. Isso representa uma valorização superior a 200% em relação à cotação do dia 1° de janeiro. Mas lembre-se também que a cotação do bitcoin não faz apenas movimentos positivos.

É comum que a moeda se desvalorize também. Essa forte volatilidade está associada à falta de lastro. Por não se submeter a governos ou instituições, a cotação do bitcoin é livre, de modo que o preço varia apenas em função da oferta e da demanda.

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Como consultar o valor do bitcoin?

Para acompanhar a cotação ao longo do tempo é preciso de uma fonte atualizada. Afinal, como você viu, os preços da moeda oscilam frequentemente. Para ter a informação, é possível recorrer a sites de acompanhamento de mercado.

Um deles é o CoinMarketCap. Uma funcionalidade útil de sites como esse é a possibilidade de visualizar a cotação em gráficos. Desse modo, você consegue analisar o comportamento do criptoativo e tentar encontrar tendências.

Saiba que não é possível fazer previsões totalmente exatas. No entanto, a análise técnica pode proporcionar insights úteis para quem pretende especular no curto prazo.

Muitas das ferramentas de consulta de cotação apresentam o preço do bitcoin em dólar. Se você quiser saber quanto vale um bitcoin em real, basta consultar a cotação do dólar em relação à nossa moeda e fazer a conversão.

Um ponto de atenção é o fato de a cotação do bitcoin poder variar dependendo da exchange. Exchanges são as plataformas em que o bitcoin é negociado. Com a lei da oferta e da demanda atuando com resultados diferentes em cada uma delas, a cotação do bitcoin pode ser diferente.

Como investir em Bitcoin?

bitcoin

Resumidamente, o investimento em Bitcoin funciona da seguinte forma: você compra a criptomoeda, espera ela valorizar, e então vende, lucrando com a diferença entre essas operações. A ideia é bem simples, certo?

Como você pode perceber, não é como outros tipos de aplicações, nos quais você simplesmente deposita o seu dinheiro e espera ele render. No caso do investimento em Bitcoin, é necessário ter uma postura ativa, comprando e vendendo. Ou seja, seu lucro vai depender diretamente da valorização da criptomoeda no ato da venda.

Porém, este rendimento não é previsível, uma vez que, assim como outras criptomoedas, o valor do Bitcoin está sempre oscilando. Pode ser que você compre e ele tenha uma alta no mês seguinte, gerando lucro na venda, como ele pode cair. De qualquer modo, assim como para ações, a ideia é nunca vender em baixa.

Lembrando que, diferentemente do mercado de ações, no qual as bolsas possuem horário de funcionamento, o mercado de criptomoedas está ativo 24h por dia, 7/7, o ano inteiro.

Outro aspecto importante sobre o investimento em Bitcoin é que não é necessário comprar uma moeda inteira, ou seja, é possível adquirir uma fração dela, conhecida como Satoshi, em referência ao pseudônimo utilizado pelo criador da criptomoeda.

Qual melhor corretora para investir em Bitcoin?

Depois de analisar os itens acima, agora é hora de conhecer um pouco mais sobre a melhor corretora de bitcoin para fazer suas transações em reais. Separamos as melhores plataformas para você:

Como minerar Bitcoin?

O que chamamos de minerar é nada menos do que resolver problemas matemáticos complexos em meio a uma corrida com outras pessoas que tentam o mesmo. Quem chegar à solução primeiro ganha direito a 6,25 unidades de Bitcoin — R$ 1,4 milhão na cotação atual —, sendo que um total de 144 moedas novas são criadas a cada dia.

Mesmo que você não se sagre o vencedor dessa corrida (processo cada vez mais difícil), seus esforços ainda serão compensados. Como o Bitcoin é descentralizado, isso significa que os dados sobre transações estão presentes em cada uma das máquinas que operam o sistema, que conferem todas as transações que ocorrem para evitar fraudes — processo que exige um grande poder de computação e premia os intermediários com parcelas de criptomoedas.

O uso do termo mineração se deve às semelhanças com o processo de extração do meio-ambiente de materiais raros, como ouro e diamante. O Bitcoin foi projetado para trabalhar com uma quantidade limitada de moedas — 21 milhões, das quais 18,6 milhões já foram extraídas —, algo que só deve se concretizar em 2140.

Confira também o vídeo:

Quais equipamentos preciso para minerar?

Mesmo que você tenha um computador top de linha, com uma CPU poderosa e a linha mais recente de placas de vídeo da AMD ou da Nvidia, usá-lo para minerar Bitcoins dificilmente vai trazer bons resultados. Isso porque um dos elementos essenciais para ter lucratividade nesse mercado é ter acesso à energia barata — algo que não é uma realidade para o Brasil atual.

Assim, o ideal é ter um aparelho conhecido como ASIC Miner, que traz características de hardware voltadas para a mineração de criptomoedas. Além de serem mais eficientes que peças genéricas, dispositivos do tipo também consomem uma quantidade menor de energia elétrica, tornando mais lucrativos os resultados obtidos.

Fique atento ao fato de que essas são máquinas caras, sendo que os modelos mais acessíveis ficam na casa dos R$ 10 mil no Brasil. As versões internacionais também são salgadas, custando entre US$ 10 mil e US$ 15 mil (R$ 50 mil a R$ 75 mil) e mesmo as mais eficientes vão demorar alguns meses de mineração para se pagarem e gerarem lucros.

Como minerar de forma individual é um processo dispendioso, quem pretende investir nesse mercado também pode recorrer aos chamados pools de mineração para aumentar seus ganhos. Na prática, eles são grupos de trabalho que unem o poder de diferentes máquinas e aumentam as chances de obter um bloco da criptomoeda — qualquer lucro é dividido de forma proporcional com a contribuição de cada máquina ao processo.

O que comprar com o Bitcoin

aceitamos bitcoin

Tornando-se cada vez mais popular e ganhando o conceito de uma moeda global, que futuramente poderá ser aceita em qualquer lugar, o Bitcoin já pode ser usado para comprar diversos bens e serviços.

A lista de locais que aceitam a moeda digital como forma de pagamento é bem grande, principalmente na Europa, onde bares, restaurantes, hotéis, lojas de roupas, universidades e táxis podem ser pagos com Bitcoin.

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