Uma análise publicada na manhã desta quarta-feira, pela Proteste (associação de defesa do consumidor) advertiu falta limpeza às verduras e vegetais prontos para ingestão (cortados e higienizados), comercializados nos supermercados da capital paulista.
Segundo o órgão, foram avaliadas dez amostras de verduras (cinco de alface americana, três de cenoura ralada e duas de salada mista contendo cenoura e beterraba raladas), recolhidas em sete supermercados. Entre os recolhidos, há bolores, leveduras, além de pulgões, que podem promover o acesso de micróbios e fungos nos vegetais.
Em todas as amostras, havia mesófilos (advertem uma temperatura imprópria de armazenamento) e psicrotróficos (extenso período de armazenamento do vegetal antes do processamento). Porém, não foram localizados coliformes fecais (indicadores da presença do micróbio Escherichia coli) e nem Salmonella sp, bactéria que pode ocasionar diarreias, náuseas, enxaqueca e prostração.
“Não há patógenos, mas essas verduras contêm contaminação elevada para um produto vendido como higienizado e pronto para consumo”, disse a nutricionista Manuela Dias, que comandou as análises da Proteste. Além disso, eles chegam a valer três vezes mais o valor da verdura comercializada sem higienização. “Nossa dica é: comprem produtos in natura e façam a higiene em casa.”
Não existe uma norma da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) sobre o quantidade máxima de organismos localizados na análise. A Proteste solicita, no entanto, que a Anvisa revise os regulamentos e inclua novos indicadores de qualidade, higiene e segurança.
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