Nesta quinta-feira (29), o Governo propôs um projeto de lei que amplia o valor do salário mínimo no próximo ano. A proposta foi anunciada por Miriam Belchior, ministra do Planejamento, durante um congresso em que entregou uma peça orçamentária de 2014 à Renan Calheiros.
Salário mínimo vai subir
Atualmente, o valor do salário mínimo é de R$ 678,00. No entanto, o Orçamento de 2014 prevê um reajuste, que vai aumentar a remuneração para R$ 722,90. A mudança significa um acréscimo de 44 reais, ou seja, 6,62%.
O novo salário mínimo começará a valer no dia 1º de janeiro de 2014. Até o final do ano, a Câmara e o Senado devem votar no texto do reajuste.
Miriam Belchior explicou os motivos para a alteração no valor do salário mínimo. De acordo com ela, a nova quantia incorpora a regra de valorização, uma política que tem sido essencial para alavancar a renda das famílias brasileiras. O aumento do salário mínimo também é considerado uma forma de melhorar a qualidade de vida das pessoas.
A ministra do Planejamento declarou que o impacto do reajuste salarial 2014 nos cofres públicos será de R$ 29,2 bilhões em 2014. Este dinheiro será aplicado no pagamento de benefícios.
O valor do salário mínimo é maior do que a previsão divulgada pelo Governo. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) indicava um valor de R$ 719,48.
No início de 2013, começou a valer o salário mínimo no valor de R$ 678,00. Em 2012, a quantia era de R$ 622,00, o que simbolizou um aumento de 9%. De 2011 para 2012, a remuneração mínima do brasileiro cresceu 14,13 %, passando de R$ 545,00 para R$ 622,00.
Com um reajuste de 6,62%, significa que o salário mínimo 2014 cresceu menos do que os anos anteriores.
Como é feito o cálculo do salário mínimo?
A fórmula usada para calcular o reajuste salarial é baseada na inflação do ano anterior, que é medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do ano retrasado também influencia nos valores.
O responsável pela criação do salário mínimo foi Getúlio Vargas, no ano de 1940. Em 1995, o valor era de 100 reais, mas com o passar dos anos a quantia foi aumentando e acompanhando a realidade da economia.
O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) não acha que R$ 722,90 conseguem suprir as necessidades básicas dos brasileiros. As despesas de uma família com educação, vestuário, higiene, transporte, lazer, previdência, alimentação, moradia e saúde precisariam de R$ 2.750,83.
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