Ministério Público Federal do Ceará pedirá ao MEC o cancelamento do Enem 2011

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O Ministério Público do Ceará afirmou que solicitará o cancelamento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano. Há indícios de que houve vazamento de diversas questões do exame. Os usuários de redes sociais de Fortaleza, no Ceará, começaram a divulgar cerca de 14 questões que estavam presentes em uma apostila distribuída por um colégio na véspera do exame e que são idênticas a da prova.

Imagens foram parar na internet na noite desta terça-feira (25) e podem ser encontradas em redes sociais como Twitter e Facebook.

Segundo o Jornal O POVO, do Ceará, que teve acesso a quatro apostilas desse tipo, há nelas 93 proposições, nas quais 14 levantam suspeitas. Entretanto, não há logomarca de nenhuma instituição de ensino, nem mesmo data, fazendo com que não seja possível afirmar se o material foi de fato distribuído, se houve vazamento ou se o produto é uma montagem.

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Já de acordo com outro meio de comunicação do Estado, o portal Jangadeiro Online, o procurador da República Oscar Costa Filho teria confirmado o vazamento. “Houve vazamento. A materialidade (do crime) está comprovada. A investigação será só pra comprovar a autoria”, disse ele ao site de notícias. Ele afirmou ainda que iria entrar em contato nesta quara-feira (26) com o Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (INEP) e pedir a anulação do exame.

Ainda segundo o Jangadeiro Online, o colégio que teria distribuído a apostila afirmou através do Facebook “que possui um vasto banco de questões fornecidas por professores e ex-alunos, e sempre tem registrado bons índices de acertos em questões de vestibulares”.

Fernando Beltrão, professor da Universidade de Pernambuco (UPE), que atua há mais de 30 anos em preparatórios para vestibular em Recife, avaliou  a situação e deu seu opinião: “Vazamento de 14 questões de um só concurso é algo que jamais aconteceu em nenhum concurso, pelo menos que eu tenha conhecimento. Aparentemente, é algo muito grave e me parece realmente o caso de anulação do concurso”.

O Ministério da Educação (MEC) afirmou por meio de assessoria que não houveram vazamentos da prova e que acionou a Polícia Federal para investigação do caso.

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