Quando um livro é muito lido, comentado e vira alvo de críticas de especialistas, logo será considerado um clássico e seu conteúdo passará a ser cobrado, por exemplo, em exames vestibulares. Por isso, é importante conhecê-los, lê-los e tirar deles o essencial que o autor quis transmitir aos leitores quando o produziu.
Conheça também alguns livros clássicos da literatura universal.
Clássicos da literatura brasileira – século XIX
Cada época tem seus escritores mais talentosos e que mais sabem transpor para o papel a realidade do cotidiano da sociedade. Sobre o século XIX, os mais importantes livros clássicos da literatura brasileira são cinco, de quatro diferentes autores.
O primeiro deles é Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, que retrata, de modo revolucionário, as classes média e baixa da população do Rio de Janeiro, numa época em que era comum escrever a respeito da aristocracia.
De José de Alencar, temos Iracema, que faz parte de uma trilogia. O que torna essa narrativa interessante é a introdução do elemento indígena misturado ao homem branco civilizador.
A miséria vivida nas habitações coletivas do Rio de Janeiro no fim do século XIX foi mostrada em O cortiço, de Aluísio de Azevedo. Os cortiços representados na obra do escritor vieram a se tornar as atuais favelas cariocas.
Machado de Assis se faz presente entre os clássicos da literatura nacional com as obras Dom Casmurro e Memórias Póstumas de Brás Cubas. A primeira história, por prender a atenção do leitor em torno da traição ou não de Capitu, continua, nos dias hoje, sendo motivo de debates sobre o fato de Bentinho ter sido ou não traído pela esposa. O segundo livro é interessante em virtude de Brás Cubas, o narrador da história, morrer e, em seguida, voltar ao mundo dos vivos para contar relatos de seu passado.
Livros clássicos da literatura nacional – século XX
Os principais clássicos da literatura nacional do século XX voltam-se aos problemas gerados pela seca na região Nordeste do Brasil. Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa, e Vidas secas, de Graciliano Ramos, são dois dos livros que abordam esse tema. Do jornalista Euclides da Cunha, a narrativa presente em Os sertões, escrito quando o autor esteve na Guerra dos Canudos, na Bahia, vai além da ficção e conta em detalhes como era o dia a dia no sertão baiano durante o conflito.
Macunaíma, de Mário de Andrade, é repleto de elementos folclóricos e não segue uma ordem cronológica. Também possui críticas à linguagem culta e à miscigenação étnica e religiosa.
Entre as obras clássicas de nossa literatura também estão dois livros de uma mulher. Em A hora da estrela e A paixão segundo G. H., Clarice Lispector trabalha aspectos relacionados à alma humana e conteúdos que podem ser considerados filosóficos.
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