A língua portuguesa é muito bonita, mas carrega uma série de pegadinhas, assim como acontece em outros idiomas. Se você costuma confundir o uso dos verbos “vir” e “ver”, fazendo aquela tradicional pergunta, “é se eu vir ou se eu ver?”, não tenha vergonha de assumir, e saiba que não está sozinho. Muita gente não sabe qual deles usar e em quais situações cada um deve ser empregado. Vamos passar algumas dicas bem básicas a respeito destes verbos, para que você tenha pelo menos uma noção sobre o uso deles.
Como identificar a forma correta
Em primeiro lugar, é preciso saber que a confusão é causada devido a alguns modos em que a conjugação de ambos é bastante parecida, como no pretérito imperfeito do subjuntivo e no futuro do subjuntivo. No primeiro caso, a semelhança ocorre devido ao verbo estar acompanhado da conjunção “se”, indicando hipótese, e pela terminação “sse”, como nos exemplos a seguir: se ela viesse (vir) e se ela visse (ver).
No futuro do subjuntivo, normalmente acompanhado das conjunções “se” e “quando”, que servem para indicar uma possibilidade, e das terminações “ar”, “er” e “ir”, acontece algo parecido, como nas frases “quando eu vier” (vir) e “quando eu a vir” (ver). É aí que nasce a dúvida: “quando eu a vir” ou “quando eu a ver”? Neste caso, a primeira está correta, pois o verbo “ver”, no futuro do subjuntivo, acompanhado de “se” ou de “quando”, assume a forma “vir”, assim como acontece com os seus derivados, entre os quais precaver, antever e rever. A exceção fica por conta do verbo prover.
Outras situações
As dúvidas também são comuns em outras duas situações. Uma delas acontece quando o verbo ver está no futuro do subjuntivo, ficando com a forma vir, conforme explicamos acima, e o verbo vir está no infinitivo, mantendo a forma “vir” mesmo. Para saber qual deles está sendo usado, você deve analisar o contexto da frase em que os termos aparecem, como nos exemplos a seguir: “Fale com ele para vir até mim, por favor” e “Se você o vir passando aqui hoje,”. Na primeira, o sentido correto é o vir e na segunda ele representa o ver.
A outra situação ocorre no modo indicativo, envolvendo o verbo “ver” na primeira pessoa do plural do pretérito perfeito e o “vir” na primeira pessoa do plural do presente, igual às frases “Nós vimos você na rua ontem” e “Nós vimos de uma cidade distante”. O contexto também será decisivo para descobrir o sentido, que é de “ver” na frase inicial e de “vir” na frase final.
É importante que tenha ficado o claro o uso de cada forma, pois a aplicação correta destes verbos pode ser decisiva para uma nota final de concurso, por exemplo, para você conseguir aquele emprego que tanto sonhava.
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