Estudo sobre celular descarta risco de câncer associado ao uso do aparelho.

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Os resultados de um grande estudo feito sobre o uso de aparelhos celulares associados ao risco de câncer no cérebro, descartou a ideia de que haja a relação entre o objeto e a doença. A pesquisa, que foi a maior realizada sobre o tema até hoje, teve suas conclusões divulgadas no British Medical Journal, na quinta-feira (20).

A pesquisa, que tem a frente Patrizia Frei, do Instituto de Epidemiologia de Câncer da Dinamarca, se utilizou de um grupo de dinamarqueses já acompanhados desde a década de 1980, tendo em mãos os registros de assinaturas de serviços de telefonia móvel e os de tumores de 360 mil pessoas. Dentre eles, os mais de 10 mil casos, encontrados entre 1990 e 2007, tiveram uma incidência entre usuários e não-usuários de celulares considerada, estatisticamente, insignificante.

Porém, em determinados casos foi detectado riscos maiores para os homens. Os analisados que usaram o aparelho com mais frequência, estiveram mais sujeitos a gliomas no lobo temporal do cérebro,contudo,  é um número estatisticamente pequeno, para que esse risco seja tomado como significativo. Com relação a outros tipos de tumores, o risco era menor para os usuários de telefonia móvel.

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Controvérsias:

O resultado do estudo  está longe de acabar com a discórdia a respeito do tema. Em maio desde ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que as ondas dos aparelhos celulares, assim como café e pesticidas estavam entre os elementos que podem ser cancerígenos.

Outros cientistas alegam que o estudo realizado, tem falhas graves no método escolhido para o seu desenvolvimento. Uma das pessoas que contestam é a pesquisadora Devra Davis, presidente da fundação Environmental Health Trust, que está preparando em conjunto com outros profissionais, um documento para refutar o estudo dinamarquês.

Um dos pontos de discórdia foi quanto a escolha de quem seria considerado usuário ou não de celular,uma vez que,  foram considerados usuários aqueles que fizeram a primeira assinatura até 1995, e o fato de os pré-pagos não entrarem na conta.

Para Devra Davis, apenas uma pesquisa composta por amostras de milhões de pessoas acompanhadas a longo prazo, por mais de 20 anos,  poderia mostrar estatísticas reais sobre o tema.

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