A carência de eventos presenciais, decorrente da pandemia, pode trazer de volta com maior força um mercado que está há 18 meses paralisados, o de eventos. Por isso é importante que produtores ou pessoas ligadas ao ramo estejam atentos ao empreendedorismo artístico, que será uma tendência expressiva para 2022.
O setor de eventos foi o primeiro a parar e será o último a voltar em sua totalidade. Até o momento, no Brasil, poucos são os estados onde é possível realizar eventos presenciais com pessoas em pé.
O isolamento social revelou um dado importante para os brasileiros: é impossível viver sem arte. O sucesso estrondoso das lives durante os momentos mais críticos a crise sanitária mostrou que artistas e produtores além de serem “canais” importantes para que a arte chegue até as pessoas, são relevantes geradores de emprego e receita, importantes para a economia do país.
Eventos públicos e privados
Antes de recomeçar ou iniciar as atividades no setor de eventos, o profissional precisa traçar em qual segmento atuará, pois, a cadeia produtiva é grande, há espaço para variadas áreas, e se tratando de o Brasil, tudo pode ser ainda mais diverso do que se imagina, tendo em vista a vasta gama cultural presente no país.
Logo, é possível trabalhar bastante com música, teatro, artes plásticas, gastronomia, dança, artesanato, entre outros segmentos.
Carnaval o mais rápido possível
Um dos períodos que mais gera renda no Brasil são os quatro dias de carnaval, ele também vem sendo alvo para movimentar a economia em diversas regiões do país.
Mesmo em meio a um momento de instabilidades em relação ao vírus no Rio de Janeiro, os desfiles das Escolas de Samba retornarão em 2022, inclusive as vendas de ingressos já começaram. Em Salvador a mesma coisa, a previsão é que os trios circulem, porém, o uso de máscara continuará sendo obrigatório.
Em Mariana, cidade vizinha de Ouro Preto, a prefeitura já anunciou que os tradicionais blocos voltarão para as ruas.
Já outros carnavais, mundialmente conhecidos, como o de Olinda, por exemplo, nada ainda foi definido. Produtores aguardam o aval das autoridades para dar o “estart” nas promoções.
Entretanto, os foliões só poderão voltar às ruas se a pandemia permanecer controlada, o que é difícil acontecer, principalmente devido às famosas festas de final de ano, que comumente provocam muita aglomeração.
Pretende empreender? Vá com calma.
Parece uma frase clichê, mas é importante lembrar, a pandemia ainda não acabou, a variante ainda preocupa os especialistas e, além disso a economia do Brasil não foi estabilizada. Portanto, quem é artista ou produtor deve ter cautela na hora de investir, tanto tempo, como valor em seus negócios.
É preciso ter consciência de que embora este mercado sinalize uma retomada, ela será gradual, principalmente pelo fato de a maioria dos brasileiros, no caso de eventos privados, não possuírem renda sequer para adquirir ingressos.
Quem atua no setor público também deve se atentar a um fator que pode ser determinante. Ainda que a população esteja carente de eventos presenciais, os cofres públicos estão vazios, o intuito das redes públicas culturais é promover eventos gratuitos para as pessoas, mas também ter um retorno em forma de consumo para os municípios.
A pergunta a se fazer aqui, antes de empreender até mesmo dinheiro público, é simples: se muitos, estão sequer, sem ter o que comer em casa, teria a maioria das pessoas condições de sair para consumir algo fora de casa?
Será que o seu negócio se ajusta ao momento?
Optar por empreender em um negócio ajustável é uma excelente opção para o momento. Empreendimentos engessados, podem até darem resultados maiores em termos financeiros, contudo eles podem vir a longo prazo ou talvez não dê tempo de o resultado “vingar”, a resulta em grande perda de tempo e dinheiro.
Pelo menos pelos próximos seis meses, quem atua no setor de eventos deve sempre pensar no hibridismo entre o mundo virtual e presencial, ainda que a maior parte das pessoas demonstre fatigada de eventos pela internet.
Antes agir na precaução que no calor momentâneo.