Mulheres acima do peso e que fumam possuem maiores chances de terem bebês com problemas no coração, de acordo com levantamento holandês, divulgado na última segunda-feira no jornal Heart.
O estudo analisou pouco mais de 790 bebês que nasceram com cardiopatia congênita, porém sem qualquer outro problema de saúde, entre os anos de 1997 e 2008. Esses bebês foram confrontados com outros 320 que tinham nascido com anormalidade cromossômica, mas sem problemas cardíacos.
As conclusões apontaram que a ligação entre o excesso de peso e tabagismo das mães provocam maiores prejuízos ao bebê do que simplesmente um desses fatores separados. As gestantes que estavam acima do peso e fumaram todo o período da gravidez, apresentaram 2,5 vezes mais chances de darem à luz a crianças com doenças congênitas cardíacas do que as que apresentavam exclusivamente um desses fatores.
“Esses resultados indicam que a associação do tabagismo materno e o sobrepeso pode estar relacionado diretamente aos problemas cardíacos congênitos”, diz o estudo. Embora os pesquisadores não saibam a exata causa para que isso aconteça, eles avaliam que problemas em consequência desses fatores, possam explicar o acréscimo desses riscos.
Saiba mais
Anomalias congênitas
São deformidades de nascença, ou modificações físicas que ocorrem em bebês antes de seu nascimento. Essas deformidades podem afetas qualquer membro do corpo. Aproximadamente 5% dos bebês possuem alguma anormalidade de nascença, ainda que nem todos esses problemas sejam graves.
Cardiopatia congênita
São deformidades no coração que ocorrem ao bebê antes de seu nascimento. De acordo com um estudo, cerca de 130 milhões de bebês nascem com o problema anualmente. No Brasil, cerca de 20.000 bebês necessitam todos os anos de alguma cirurgia para sobreviver. Do total, 6% falecem antes de dar um ano.
Anomalia cromossômica
São defeitos genéticos, isto é, dos cromossomos que são as composições dentro da células que possuem os genes da pessoa. Podem gerar problemas como a Síndroma de Down e a Síndroma de Turner.
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