Militante anti-islâmico admite massacre e alega legítima defesa

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Anders disse que os ataques eram imperativos para proteger a Noruega de ser invadida pelos mulçumanos.

Anders Behring Breivik, o suspeito de ataques com bombas e tiros que matou 77 pessoas na Noruega admitiu nesta segunda-feira (16), perante o júri, que perpetrou os atos, embora tenha declarado que não é culpado das acusações criminais por ter atuado sob legítima defesa.

Breivik abdicou a autoridade da Corte que o avalia os crimes de 22 de julho de 2011. Ele está aprisionado desde então, após massacrar 8 pessoas em um ataque a bomba e, a tiros mais de 69 adolescentes que estavam agrupados na ilha de Utoeya.

Vestindo um paletó preto, Breivik sorriu quando os guardas retiraram suas algemas no tribunal. “Eu não reconheço as Cortes norueguesas porque vocês recebem seu mandato dos partidos políticos da Noruega que apoiam o multiculturalismo”, foram suas primeiras palavras no julgamento. Se condenado, ele poderá pegar até 21 anos de reclusão.

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Breivil teria ficado comovido ao assistir um curta de 12 minutos que publicou on-line no dia de seus ataques.

Ele permaneceu com uma aspecto apático quando o promotor Inga Bejer Engh interpretou as revelações de terrorismo e homicídio premeditado, com exposições de como cada vítima faleceu. “Admito os atos, mas não a culpa criminosa”, disse no tribunal, e disse que agiu em legítima defesa.

Segundo repórter da empresa France Presse, ele teria ficado comovido ao assistir um curta de 12 minutos que publicou on-line no dia de seus ataques. Com o rosto corado de emoções, Breivik lacrimejou durante a projeção, que incluiu, principalmente, imagens e caricaturas fundamentalistas muçulmanos.

O militante anti-islâmico afirmou que os ataques eram imperativos para proteger a Noruega de ser invadida pelos mulçumanos. Para atingir as forças políticas de esquerda, Breivik tinha como alvo a sede do governo em Olso e o acampamento em Utoeya, por permitir a imigração na Noruega.

Defesa

Segundo ele, os ataques eram imperativos para proteger a Noruega de ser invadida pelos mulçumanos.

Ainda que exista um princípio de legítima defesa preventiva na lei norueguesa, ele não se aplica ao caso de Breivik, segundo Jarl Borgvin Doerre jurista que escreveu um livro sobre o conceito. “É óbvio que não tem nada a ver com legítima defesa preventiva”, Doerre disse à agência de notícias Associated Press.

O ponto terminante a ser determinado durante o julgamento de mais de 2 meses é o estado mental de Breivik, que definirá se ele será dirigido para prisão ou para tratamento psiquiátrico.

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