Universitários da USP resolvem entrar em greve geral após assembleia

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(Imagem: Foto divulgação)

Universitários da USP (Universidade de São Paulo), reunidos em assembleia geral no anoitecer desta terça-feira (8), resolveram entrar em greve geral a partir de hoje (9). Os alunos protestam contra a presença da Polícia Militar na universidade e a prisão de mais de 70 alunos que tomavam o prédio da Reitoria, desde a última quarta-feira (2). A reunião foi convocada pelo DCE (Diretório Central dos Estudantes), o qual representa os estudantes da instituição.

Os estudantes se aliaram no edifício da faculdade de História e, de acordo com os componentes do movimento estudantil reuniram entre 2 e 3 mil integrantes. Duas alternativas foram consagradas na assembleia: o começo da greve ou uma referência da paralisação, a qual seria definida numa próxima assembleia. Em votação acirrada, mas realizada sem a contagem, venceu a primeira sujestão.

Além disso, a assembleia também decidiu que não haveria novas tomadas ou acampamentos no campus e que o convênio entre a instituição e a Polícia Militar deve ser anulado. Também foi discutido o apoio à liberdade imediata dos alunos  detidos ontem, sem que tolerem nenhuma reparação administrativa, e a saída do reitor da universidade, José Gandino Rodas.

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Com a aprovação da assembleia geral dos alunos, agora cada universidade realiza uma votação para definir como será a participação dos estudantes, os quais poderão realizar manifestações, greves ou mesmo juntar à paralisação.

Uma nova assembleia geral foi programada  para quinta-feira (10), a qual será feita no Largo do São Francisco, no Centro da capital paulista, onde está situada a Faculdade de Direito da instituição.

Reintegração da reitoria

Na última terça-feira (8), a Tropa de Choque da Polícia Militar exerceu mandado judicial que solicitava a reintegração da posse da reitoria da instituição, tomada pelos alunos da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) desde a última quarta-feira (2).

Na atuação, mais de 70 alunos e servidores foram presos pela PM, onde foram  acusados por detrimentos ao patrimônio público e inobediência à ordem de Justiça. Ainda na assembleia geral, os alunos votaram um plano de segurança que esperam ser mais apropriado à USP do que a presença de PMs.

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