O tratamento precoce contra o HIV é uma proposta da Organização Mundial de Saúde. A OMS acredita que 3 milhões de vidas poderiam ser salvas até 2025 se a infecção pelo vírus da AIDS fosse tratada o mais cedo possível.
De acordo com um levantamento realizado pela OMS, cerca de 34 milhões de pessoas têm HIV no mundo. A maior parte vive nas regiões mais pobres do planeta, como é o caso da África Subsaariana. Nos últimos 30 anos, a epidemia de AIDS já causou 25 milhões de mortes.
Desde que o vírus HIV foi descoberto, os médicos e cientistas buscam a cura absoluta para a infecção. Enquanto ela não é descoberta, o tratamento tem sido aprimorado e melhorado as condições de vida do soropositivo.
Novas diretrizes favorecem o tratamento precoce
No último domingo (30), a OMS apresentou novas diretrizes para o tratamento do HIV. O órgão acredita que o controle da epidemia só é possível se os pacientes fossem medicados precocemente, ou seja, 26 milhões de pessoas. Atualmente, só 16,7 milhões de pacientes se enquadram nos critérios de tratamento da OMS.
Com a proposta da Organização Mundial de Saúde, cerca de 10 milhões de pessoas infectadas pelo vírus, que não se tratavam antes, terão que receber os medicamentos.
As pesquisas favorecem a decisão da OMS. De acordo com um estudo realizado por franceses, o tratamento precoce do HIV ‘cura’ até 15% dos pacientes. O vírus não desaparece totalmente do organismo do paciente, mas entra em remissão.
Tratamento padrão X Tratamento Precoce
Nem todos os portadores do vírus HIV desenvolvem os sintomas da AIDS. Desta forma, uma boa parte não é tratada com antirretrovirais, ou seja, medicamentos que controlam a infecção.
No tratamento padrão, os medicamentos são introduzidos quanto há uma determinada quantidade de vírus presente no organismo. As fórmulas são desenvolvidas para reduzir a carga viral, mas não são capazes de uma cura absoluta.
Nos países pobres, devido à falta de verba, as unidades de saúde esperam a infecção por HIV progredir para fornecer a medicação. No entanto, as novas diretrizes acreditam que, quanto mais cedo o soropositivo consumir a medicação, maiores são as suas chances de viver saudável por mais tempo.
O tratamento precoce reduz a quantidade de vírus HIV presente no sangue do indivíduo. O risco de transmissão também se torna menor e, consequentemente, reduz o número de portadores.
Ao distribuir a medicação contra o HIV para 10 milhões de pessoas, a OMS espera que a AIDS entre em um declínio irreversível.
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