Traição: Por que as Pessoas Traem?

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Traição é um tema delicado em qualquer tipo de relacionamento. É um assunto que dói as vezes só de imaginar e do qual muitas vezes as pessoas evitam pensar, como se atraísse isso para si. Em contrapartida, há aqueles que vivem na paranóia de uma traição iminente. Dificilmente há quem encare algo assim com naturalidade: traição mexe com a confiança, com o amor e com o ego. O problema é que não dá simplesmente para ignorar porque ela provavelmente pode surgir justamente daquilo que não está sendo discutido, derivado da falta.

De acordo com a psicóloga Katia Cristina Horpaczky na maioria das vezes ela acontece quando a relacão não atinge mais as expectativas, especialmente em uma fase em que o diálogo tende a quase não existir. Mas também pode haver muitas outras razões em jogo, muitos outros argumentos em torno de uma pretensa justificativa: questões culturais, busca por novidade, insatisfação, carência, vingança por uma traição ou até uma sensação de poder pelo ato.

As razões que costumam variar de acordo com o sexo, normalmente homens e mulheres não traem pelos mesmos motivos. Do mesmo modo, o tipo de reação pode divergir: muitas mulheres tendem a perdoar não necessariamente por amor ou grandeza de espírito. Há quem dependa emocional ou financeiramente do companheiro e simplesmente esconda ou aja com compreensão mas também há quem brigue. Já os homens podem fazer o possível para fingir que não sabe mesmo que isso esteja bem próximo de si por questões culturais. E a psicóloga define bem a situação: “Pode-se dizer que as mulheres brigam e os homens se envergonham.”

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Existem muitas pretensas respostas, muitas justificativas e reagir a elas depende exclusivamente de sua personalidade.

Como agir diante de uma traição?

Após a descoberta ou a concretização da suspeita há apenas dois caminhos possíveis: o perdão ou o fim. Ambos exigem força de vontade para tornar-se realidade.

Independente de qual seja a decisão, é preciso ouvir, entender. Não decidir nada pelo calor da hora. Por mais dolorida que seja a conversa é necessária, sem vitimização ou distribuição de culpas. Seja qual for a decisão, ambas tem um grande peso.

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Optar pelo perdão é reconsiderar que ainda haja uma chance e que valha a pena busca-la. Indica algo que deve ser reconstruído porque nem a confiança nem a relação permanece a mesma com a descoberta. Acima de tudo: optar pelo perdão não significa esquecer, mas também não é o mesmo que jogar o episódio na cara do parceiro ou parceira a cada nova rusga.

Inevitavelmente isso significará apenas tempo perdido e mais sofrimento. Reconstrução envolve esforço de ambos, envolve investimento naquilo que já gerou uma decepção e também superação ao dar um novo crédito. Um caminho que merece ser pensado com cuidado caso resolva seguí-lo já que relações devem ser baseadas em solo firme.

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Já o fim envolve um processo que soa egoísta, mas também tão difícil quanto. Envolve autoconhecimento e superação porque em uma situação como essas a fossa e a dor de cotovelo parecem ser inevitáveis. Também há reconstrução da autoestima e isso leva tempo. Portanto não sinta pressa em voltar para a pista e pensar “a fila anda” mas também não fique trancado em sua casa, curtindo a fossa e uma solidão quente e segura.

Não faça caso em chorar porém não fique parado no tempo e se reconstrua. Busque ajuda especializada caso pense ser necessário. O que não vale é um martírio indefinido e sem frutos. Se interessar, conheça outras pessoas, viva outras histórias, conheça pessoas novas. Assuma a responsabilidade e escreva uma história diferente.

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