O penúltimo dia da temporada de São Paulo Fashion Week Outono/Inverno 2012 foi regado a muito brilho, mix de materiais e tecidos, couro, veludo, transparência e pernas de fora. Confira a seguir o que rolou de legal nesta segunda-feira.
Gloria Coelho
A coleção de inverno de Gloria Coelho fazia uma viagem por várias décadas: 1930, 1950, 1960 e 2012. Segundo a própria estilista, a coleção trazia também muita leveza, sincronia, velocidade, leveza e improviso. O couro, marca registrada da estilista, apareceu bastante, assim como as peças de modelagem solta, ombros bem destacados e redondos. Casacos com a cintura bem marcada e com mistura de tecidos. Os babados apareceram na parte de trás de casacos mais curtos e também nas barras dos vestidos. Shortinhos ultracurtos esquentaram a passarela e, para contrastar, golas bem fechadas com um perfume boyish. Cores discretas como bege, off-white, areia, gelo, branco e preto, além de detalhes coloridos em azul, verde e laranja. Ao fim do desfile, modelos desfilaram com vestidos longos riquíssimos em tule com aplicações de paetês simulando pedrarias.
Maria Bonita
Com inspiração no norte do Brasil, a coleção de inverno da Maria Bonita foi desenvolvida. Peças com shape retos em nuances neutras e terrosas deram vida à coleção com um reforço na mistura de materiais. As modelos desfilaram com chapéus baseados nas cestas usadas no Pará, e eram de fios sintéticos trançados. Os vestidos apareceram mais compridos assim como os casacos. Os cintos vieram para dar forma feminina à silhueta mais ampla dos looks. O dourado apareceu nas barras das peças e em detalhes, tricô em metade de casacos, algumas peças receberam um fio escovado que dava a impressão de ser lã.
UMA Raquel Davidowicz
Na passarela da UMA, a coleção de inverno 2012 trouxe peças com essência esportiva-minimal, com um toque de androginia. Vestidos bem soltinhos foram combinados a cardigãs pesados e tricôs bem trabalhados. Couro fake amassado, camurça fina (microsuede) e cupra (tecido japonês) foram os materiais da coleção. O metálico apareceu nos fios das malhas e na tinta do tricô que veio estonado. A estilista Raquel Davidowicz colocou para desfilar mulheres “reais” em contraste com as modelos magrinhas e, segundo a própria, só para mostrar que as roupas da marca servem sim para qualquer pessoa.
João Pimenta
O desfile de João Pimenta contou com uma coleção com inspiração no movimento da literatura chamado steampunk (subgênero da ficção científica com elementos vindos do século 19). Peças superelaboradas proporcionaram acabamentos misturando fios diferentes: viscose, algodão, seda e poliamida. As golas, caudas, saias e volumes na região da cintura remetiam ao século 19. Destaque para os tricôs que vieram em paletós, sobretudos e coletes. As lapelas apareceram em tamanho maxi e também vieram os bordados. Os modelos desfilaram com uma máscara de pássaro. Cores ultrasóbrias como marrom, preto e azul.
Lino Villaventura
A coleção apresentada por Lino Villaventura foi de extrema exuberância. Muito volume em peças que ganharam tecidos nobres como tafetá de seda pura, gaze de seda e organza. Os longos apareceram em bordados riquíssimos e luxuosos e os cocktail dresses vieram em veludo e tule. Outros materiais como Jersey emborrachado e fios metalizados deram vida a looks incríveis. A cartela de cores contou com nude, ocre, vermelho e preto.
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