A Síndrome do Pânico é um transtorno de ansiedade que atinge uma grande quantidade de pessoas
A síndrome do pânico é um problema que vem aumentando anualmente. O indivíduo afetado apresenta um medo intenso e irracional, com grande desconforto físico, como dores e cognitivo. O quadro apresentado pode também estar associado a alguma fobia ou agorafobia. A primeira crise de pânico pode acontecer sem motivo aparente e em qualquer situação. Após a primeira crise, os sinais e sintomas podem reaparecer quando passa pelo mesmo local onde ocorreu o problema pela primeira vez. Até mesmo a lembrança do ocorrido é capaz de desencadear uma nova crise.
A pessoa com síndrome de pânico tem a sensação de “iminência de morte”, ou seja, ela acha que pode morrer a qualquer momento. Muitas vezes ela acredita que possui alguma doença grave. O corpo do individuo entra em estado de alerta e fica pronto para combater essa possibilidade, fato que acaba por alimentar ainda mais o seu estado de ansiedade.
Sinais e sintomas da Síndrome do Pânico
- medo de morrer;
- calafrios ou ondas de calor;
- anestesias ou sensações de formigamento;
- palpitação;
- sudorese;
- tremores ou abalos;
- sensação de falta de ar ou sufocamento;
- sensação de asfixia;
- dor ou desconforto torácico;
- náuseas ou desconforto abdominal;
- tontura ou vertigem;
- medo de perder o controle/enlouquecer.
Fatores desencadeantes
O estresse é um dos principais causadores da síndrome do pânico, sendo responsável por 80% das crises. As drogas representam outro enorme fator de risco. Desde os “energéticos”, na realidade estimulante do sistema nervoso, até, evidentemente, as drogas ilícitas podem acelerar a manifestação do problema. Outros fatores são:
- Abuso de medicamentos, doenças físicas, drogas ou álcool;
- Reação a um stress ou situação difícil;
- Predisposição genética ao problema.
Tratamento
Muitas pessoas com o transtorno de pânico acreditam que as crises podem ser passageiras e circunstanciais. Por isso, não buscam ou não recebem apoio da família e demoram a procurar tratamento especializado. Essa demora compromete o quadro, produzindo aumento na frequência dos ataques/crises, bem como o aumento das limitações na vida da pessoa. Além disso, por não saberem qual profissional procurar e por não entenderem as reações físicas que estão sentindo, procuram os prontos-socorros, onde nem sempre há um profissional de saúde que pode apresentar um diagnóstico preciso.
O acompanhamento médico pode ser necessário, todavia a psicoterapia, com destaque para terapia comportamental, tem se mostrado extremamente eficaz no tratamento de indivíduos com transtorno do pânico. A terapia comportamental objetiva a promoção de autoconhecimento, levando a pessoa a compreender eventos na sua vida que desencadeiam o pânico. Além disso, a TC dispõe de técnicas para expor a pessoa a situações que dão origem ao problema, lenta e gradualmente, de forma que haja uma dessensibilização para o local “temido”, ensinando-a a enfrentar suas limitações de forma menos estressante.
Nesta terapia, é enfatizada a importância de se aprender a colocar limites nas relações interpessoais, entender que não se deve viver para agradar outras pessoas e que não se deve sentir responsável por todos e por tudo. Vale ressaltar que a pessoa pode, paralelamente à psicoterapia, se engajar no tratamento medicamentoso, mas se ela não mudar seus comportamentos, e o contexto que desencadeou a crise, a tendência é que o problema persista. O transtorno de pânico quando não tratado, produz sérias consequências na vida pessoal, social, profissional e afetiva do indivíduo.