Nos últimos dias, foram divulgadas na imprensa internacional diversas fotos de uma família que vive no Nepal (país asiático) e que sofre de uma doença rara, chamando a atenção de todo o mundo.
A chefe da casa, Devi Budhathouki, de 38 anos, assim como os seus três filhos, Manjura Budhathouki (14 anos), Niraj Budhathouki (12 anos) e Mandira Budhathouki (7 anos), apresenta excesso de pelos no corpo, situação que incomoda bastante à família e os faz sofrer vários tipos de discriminação.
A doença em questão é conhecida popularmente como síndrome do lobisomem, justamente pela aparência que as pessoas acometidas por ela ganham, trazendo a pele totalmente coberta de pelos, exceto nas palmas das mãos e dos pés. Sobrancelhas extremamente grossas, braços peludos, testa peluda e barbas enormes, até mesmo nas mulheres, são algumas das principais características da anomalia.
O que é a síndrome do lobisomem
A hipertricose, termo médico que se refere à síndrome do lobisomem, consiste em uma anomalia bastante rara, que surge a partir de uma mutação genética. Na maioria dos casos, ela é adquirida através da herança familiar, apesar de haver relatos de indivíduos nos quais ela teria surgido espontaneamente, sem nenhum histórico de hereditariedade.
Ela apresenta, basicamente, duas variantes. Na Hipertricose Lanuginosa Congênita, o cabelo é relativamente fino e felpudo, chegando a até 25 cm de comprimento. Já na variação conhecida como Síndrome de Abras, o cabelo é mais grosso e até colorido, crescendo durante toda a vida.
A associação da anomalia com o lobisomem, ser lendário famoso no folclore de diversos países, cujas histórias contam que se trata de um homem que possui a habilidade de se transformar em lobo nas noites de lua cheia, voltando à forma humana ao amanhecer, se dá por causa da aparência que os portadores da doença ganham, exceto pelos dentes e garras afiadas da figura folclórica.
Tratamento para a síndrome do lobisomem
O tratamento para a síndrome do lobisomem mais utilizado atualmente é a depilação a laser, que ajuda na diminuição dos sintomas da doença, removendo uma boa quantidade dos pelos que aparecem em excesso na pele.
Além da depilação, alguns portadores da hipertricose também costumam fazer tratamento psicológico, uma vez que eles geralmente são discriminados e acabam se isolando da sociedade, condições que podem levar à depressão.
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