Síndrome de Kawasaki: sintomas, tratamento

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A doença de Kawasaki afeta principalmente crianças menores de 5 anos

A doença de Kawasaki, também conhecida como Síndrome de Kawasaki ou Mal de Kawasaki, afeta principalmente crianças com menos de 5 anos e incide em 19 a cada 100 mil nascidos, nos Estados Unidos, sendo mais comum nos indivíduos com ascendência oriental.

Essa doença, que afeta vasos, linfonodos, pele e mucosas,  causa uma inflamação na parede das artérias de pequeno e médio calibre por todo corpo e, se não tratada precocemente, pode acarretar sérias complicações, especialmente para o coração.

Causas da doença

O motivo para sua ocorrência ainda não é esclarecido, no entanto, a doença não é contagiosa nem hereditária. Existem teorias que envolvem a presença de um agente infecioso na gênese dessa patologia, outras, de cunho autoimune, porém, até o momento, não há comprovações.

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 Fatores de risco

Existem alguns fatores que estão relacionados à maior incidência da Síndrome de Kawasaki, que são:

  • Estação do ano: A doença é mais comum no Inverno e logo no início da Primavera;
  • Etnia: Pessoas com ascendência oriental, como os japonês e chineses, tem maior chance de desenvolver a doença;
  • Idade: O maior grupo-de-risco para surgimento da doença corresponde às crianças com faixa etária entre 2 e 5 anos;
  • Sexo: Os rapazes são bem mais propensos do que as meninas a desenvolverem Síndrome de Kawasaki.
A língua se torna muito vermelha, ganhando aspecto de “Língua de morango”

Quadro clínico

A evolução da doença é dividida por fases, que facilitam a identificação da enfermidade:

Primeira fase: Pode durar entre 5 dias a duas semanas.

Os principais sintomas, desse momento, são?

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  • Febre alta (geralmente maior do que 38,5° C), que dura durante toda fase;
  •   Olhos extremamente vermelhos, sem secreção purulenta;
  • Lesões de pele (manchas vermelhas) na região do tronco e genital;
  • Boca vermelha e seca, com lábios rachados. A língua se torna muito vermelha, ganhando aspecto de “Língua de morango”;
  • As palmas das mãos e solas dos pés se tornam vermelhos e inchados;
  • Os gânglios linfáticos da região do pescoço se tornam aumentados (à palpação, é possível identificar “caroços” na região do pescoço).

Segunda fase: dura, em média, 10 dias. É caracterizada por:

  • Diarreia e vômito;
  • Dor abdominal e nas articulações;
  • Descamação da pele dos pés e das mãos.

Terceira fase: pode durar até 40 dias

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Nesta última fase, os sintomas tendem a regredirem lentamente, a não ser que ocorre alguma outra complicação.

Quando procurar um médico?

Se a criança apresentar febre por mais de quatro dias, uma visita ao médico é fundamental e deve ser feita o mais rápido possível.

Existem alguns sinais e sintomas que tornam bem sugestivo esse diagnóstico. Caso a criança venha apresentar febre juntamente com quatro ou mais dos seguintes sinais, a visita ao médico deve ser feita rapidamente:

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  • Ambos os olhos vermelhos;
  • Linfonodos palpáveis (“caroços” que podem ser percebidos ao redor do pescoço e mandíbula);
  • Aparecimento de manchas na pele;
  • Descamação da pele;
  • Língua bastante vermelha e inchada;
  • Sola dos pés e palmas das mãos bastante vermelhas.

Importância do tratamento precoce

A principal complicação dessa doença é o surgimento de cardiopatias adquiridas, em crianças. Os índices de complicações não são baixos, e 1 a cada 5 pacientes irão apresentar problemas cardíacos. Felizmente apenas uma porcentagem bem pequena sofrerá danos permanentes.

Os sintomas geralmente desaparecem após o segundo dia de tratamento (quando realizado precocemente) e, se a doença for tratada nos primeiros 10 dias após seu surgimento, os riscos de danos permanentes diminuem consideravelmente.

As lesões de pele costumam desaparecer após o segundo dia de tratamento

O jeito é ficar atento caso a criança venha a apresentar febre associada aos sinais de preocupação, já mencionados, e não perder tempo em procurar auxílio médico.

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